"ORAÇÃO A SÃO PIO DE PIETRELCINA (PADRE PIO) Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de vosso Filho, por sua intercessão, dai-me a graça... que tanto desejo; e sobretudo concedei-me unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressurreição. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai." ”

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O Crucifixo Bizantino de S. Damião


Foi por meio do Crucifixo de São Damião que Jesus falou a Francisco: 
"Francisco, reconstrói minha Igreja".
Um artista desconhecido, natural de Úmbria, pintou o crucifixo no século XII.
Foi pintado num pano colado sobre madeira (nogueira). Tem 1,90m de altura, 1,20m de largura e 12cm de espessura. O mais provável é que tenha sido pintado para ser posto no altar da Igreja de São Damião.
Em 1257, as Clarissas deixaram a Igreja de São Damião e foram para a de São Jorge, levando o crucifixo com elas. A cruz, cuidadosamente conservada por 700 anos, foi mostrado ao público pela primeira vez, na Semana Santa de 1957, sobre o novo altar da Capela de São Jorge na Basílica de Santa Clara de Assis.




A FIGURA DO CRISTO

A figura central do ícone é o Cristo, não só por seu tamanho, mas também por ser o Cristo a figura luminosa que domina a cena e transmite luz para as demais figuras. "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12). Os olhos de Jesus estão abertos: Ele olha para o mundo que salvou. Ele vive e é eterno. A veste de Jesus é um simples pano sobre o quadril - um símbolo tanto do Sumo Sacerdote como de Vítima. O tórax e o pescoço são muito fortes. Atrás dos braços esticados do Cristo está seu túmulo vazio, representado pelo rectângulo preto.


O MEDALHÃO E A INSCRIÇÃO

A ascensão é retractada no círculo vermelho: Cristo está saindo dele segurando uma cruz dourada que, agora é Seu símbolo de realeza. As vestimentas são douradas, símbolo de majestade e vitória. A estola vermelha é um sinal de sua autoridade e dignidade supremas exercidas no amor. Anjos lhe dão boas-vindas no Reino dos Céus. IHS são as três primeiras letras do nome de Jesus em grego. NAZARÉ é o Nazareno.






A MÃO DO PAI

De dentro do semicírculo, na extremidade mais alta da cruz, Ele, que nenhum olho viu, se revela numa benção. Esta benção é dada pela mão direita de Deus, com o dedo estendido.



A VIDEIRA MÍSTICA

Em torno da cruz, há ornamentos caligráficos que podem significar a videira mística, "Eu sou a videira, vós os ramos..." (Jo 15, 5), e faz relação com "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos" (Jo 15, 13). Na base da cruz, há algo que parece ser uma pedra - o símbolo da Igreja. As conchas do mar são símbolos de eternidade - um mistério, guardado no rosto e infinito mar da eternidade, nos é revelado.











MARIA E JOÃO

Como no evangelho de São João, Maria e João são colocados lado a lado. O manto de Maria é branco, significando vitória (Ap 3, 5), purificação (Ap 7, 14) e boas obras (Ap 19, 8). As pedras preciosas no manto dizem respeito às graças do Espírito Santo.
O vermelho escuro usado indica intenso amor, enquanto a veste interna na cor purpúrea lembra a Arca da Aliança (Ex 26, 1-4). A mão esquerda de Maria está no rosto, retractando a aceitação do amor de João, e sua mão direita aponta para João, enquanto seus olhos proclamam a aceitação das palavras de Cristo: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19, 26). O sangue goteja em João neste momento. O manto de João é cor de rosa que indica sabedoria eterna, enquanto sua túnica é branca - pureza. Sua posição é entre Jesus e Maria, o discípulo amado por ambos. Ele está olhando para Maria, aceitando as palavras de Jesus: "Eis aí tua mãe" (Jo 19, 27).







NÚMEROS

Há 33 figuras no Ícone: duas imagens de Cristo, 1 mão do Pai, 5 figuras maiores, 2 figuras menores, 14 anjos, 2 pessoas desconhecido nas mãos de Jesus, 1 menino pequeno, 6 desconhecidas ao fundo da Cruz e um galo. Há 33 cabeças em torno da cruz, dentro das conchas, e sete ao redor da auréola.


AS OUTRAS FIGURAS MAIORES

Maria Madalena
Maria Madalena, que era considerada por Jesus de uma forma muito especial, está junto à cruz. Sua mão está no queixo, indicando um segredo "Ele ressuscitou". Sua veste tem cor escarlate, que simboliza amor, e seu manto azul intensifica este símbolo.
Maria de Cleófas
Usa veste cor castanha, símbolo de humildade, e seu manto verde claro - esperança. Sua admiração por Jesus é demonstrada no gesto de suas mãos.
O Centurião de Cafarnaum
Ele segura, na mão esquerda, um pedaço de madeira representado sua participação na construção da sinagoga (Lc 7, 1-10). As crianças ao lado é o seu filho curado por Jesus. As três cabeças atrás do menino mostram: "e creu tanto ele, como toda a sua casa" (Jo 19, 28-30). Tem três dedos estendidos, símbolo da Trindade, e os outros dois fechados, simbolizando o mistério das duas naturezas de Jesus Cristo (divina e humana). "Este homem era verdadeiramente o filho de Deus" (Mc 15, 39)


FIGURAS MENORES

Longinus
O soldado romano que feriu o lado de Jesus com uma lança.
Estefânio
A tradição dá este nome ao soldado que ofereceu a Jesus uma esponja encharcada com vinagre após Ele ter dito "tenho sede" (Jo 19, 28-30)


OS SANTOS DESCONHECIDOS

Embaixo dos pés de Jesus, há seis santos desconhecidos que estudiosos afirmam ser Damião, Rufino, Miguel, João Baptista, Pedro e Paulo, todos patronos de igrejas na área de Assis. São Damião era o patrono da igreja que alojou a cruz e São Rufino, o patrono de Assis. Essa parte da pintura está muito danificada e não permite uma adequada identificação.





OS ANJOS QUE DISCUTEM

Há dois grupos de anjos - que animadamente discutem as cenas que se desenrolam diante deles.
"Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16)



O SEPULCRO
Como foi mencionado anteriormente, atrás de Cristo está o seu túmulo aberto. Cristo está vivo e venceu a morte. O vermelho do amor supera o negro da morte. Os gestos de mão indicam fé, a fé dos santos desconhecidos. Seriam Pedro e João junto ao sepulcro vazio? (Jo 20, 3-9)


O GALO

Em primeiro lugar, a inclusão do galo recorda a negação de Pedro, que depois chorou amargamente. Em segundo, o galo proclama novo despertar do Cristo ressuscitado, Ele que é a verdadeira luz (1 Jo 2, 8). "Mas sobre vós que temeis o meu nome, levantar-se-á o Sol de Justiça que traz a salvação em seus raios" (Mt 3, 20)


O FORMATO DA CRUZ

O formato tradicional da cruz alterado para permitir ao artista a inclusão de todos aqueles que participaram da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. À direita da cruz está o ladrão bom, chamado tradicionalmente Dismas; à esquerda está o ladrão mau.


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A Vida de São Bento

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"São Bento de Núrsia, detalhe de um afresco de Fra Angelico, (1395-1455) Museu de São Marcos, Florença"

Vida de São Bento

Por ocasião da dedicação do Mosteiro de Monte Cassino em 1964, após sua reconstrução, o Papa Paulo VI proclamou São Bento (ca. 480 - ca. 547) patrono principal de toda a Europa. O título, apesar de um pouco exagerado, é verdadeiro sob vários aspectos. São Bento não construiu o Mosteiro de Monte Cassino com a intenção de salvar a cultura, mas, de fato, os mosteiros que depois seguiram a sua Regra foram lugares onde o conhecimento e os manuscritos foram preservados. Por mais de seis séculos, a cultura cristã da Europa medieval praticamente coincidiu com os centros monásticos de piedade e estudo.
São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor. Tornou-se monge ainda jovem e desde então aprendeu a tradição pelo contato com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro.
A tradição diz que São Bento viveu entre 480 e 547, embora não se possa afirmar com certeza que essas datas sejam precisas do ponto de vista histórico. Seu biógrafo, São Gregório Magno, papa de 590 a 604, não registra as datas de seu nascimento e morte, mas se refere a uma Regra escrita por Bento. Há discussões com relação à datação da Regra, mas parece haver consenso de que tenha sido escrita na primeira metade do século VI. São Gregório escreveu sobre São Bento no seu Segundo Livro dos Diálogos, mas seu relato da vida e dos milagres de Bento não pode ser encarado como uma biografia no sentido moderno do termo. A intenção de Gregório ao escrever a vida de Bento foi a de edificar e inspirar, não a de compilar os detalhes de sua vida quotidiana. Buscava mostrar que os santos de Deus, em particular São Bento, ainda operavam na Igreja Cristã, apesar de todo o caos político e religioso da época.
Por outro lado, seria falso afirmar que Gregório nada apresenta em seu texto sobre a vida e a obra de Bento. De acordo com os Diálogos de São Gregório, Bento (e sua irmã gêmea, Escolástica) nasceu em Núrsia, um vilarejo no alto das montanhas, a nordeste de Roma. Seus pais o mandaram para Roma a fim de estudar, mas ele achou a vida da cidade eterna degenerada demais para o seu gosto. Por conseguinte, fugiu para um lugar a sudeste de Roma, chamado Subiaco, onde morou como eremita por três anos, com o apoio do monge Romano. Foi então descoberto por um grupo de monges que o incitaram a se tornar o seu líder espiritual. Mas o seu regime logo se tornou excessivo para os monges indolentes, que planejaram então envenená-lo. Gregório narra como Bento escapou ao abençoar o cálice contendo o vinho envenenado, que se quebrou em inúmeros pedaços. Depois disso, preferiu se afastar dos monges indisciplinados. São Bento estabeleceu doze mosteiros com doze monges cada, na região ao sul de Roma. Mais tarde, talvez em 529, mudou-se para Monte Cassino, 130 km a sudeste de Roma; ali destruiu o templo pagão dedicado a Apolo e construiu seu primeiro mosteiro. Também ali escreveu sua Regra para o Mosteiro do Monte Cassino, já prevendo que ela poderia ser usada em outros lugares. Os 38 pequenos capítulos do Segundo Livro dos Diálogos contêm vários episódios da vida e dos milagres de São Bento. Algumas passagens dizem que podia ler o pensamento das pessoas, outras mencionam feitos miraculosos, como quando fez brotar água de uma rocha e um discípulo andar sobre a água; outra passagem menciona um jarro de óleo que nunca se esgotava.
As estórias de milagres fazem eco aos acontecimentos da vida de certos profetas de Israel, e também da vida de Jesus. A mensagem é clara: a santidade de Bento é como a dos santos e profetas de antigamente, e Deus não abandonou o seu povo, mas continua a abençoá-lo com homens santos. Bento deve ser encarado como um líder monástico, não como um erudito. Provavelmente conhecia bem o latim, o que lhe dava acesso aos escritos de Cassiano e outros, incluindo regras e sentenças. Sua Regra é o único texto conhecido de Bento, mas é suficiente para manifestar a habilidade genial com que cristalizou o melhor da tradição monástica e trouxe-a para o Ocidente. Gregório apresenta Bento como modelo de santo que foge da tentação para levar uma vida de atenção à presença de Deus. Através de um esquema equilibrado de vida e oração, Bento chegou ao ponto de se aproximar da glória de Deus. Gregório narra a visão que Bento teve quando sua vida chegava ao fim: "De súbito, na calada da noite, olhou para cima e viu uma luz que se difundia do alto e dissipava as trevas da noite, brilhando com tal esplendor que, apesar de raiar nas trevas, superava o dia em claridade. Nesta visão, seguiu-se uma coisa admirável, pois, como depois ele mesmo contou, também o mundo inteiro lhe apareceu ante os olhos, como que concentrado num só raio de sol" (cap. 34). São Bento, o monge por excelência, levou um tipo de vida monástica que o conduziu à visão de Deus.

Oração de São Bento

(pedidos de proteção contra o inimigo)
A Cruz sagrada seja minha Luz
Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanas
Nunca me aconse-lhes coisas vãs
É mal o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo do teu veneno
Rogai por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo

Em Latim

Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana
Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas 


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A Medalha de São Bento

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A Medalha

Explicação do anverso

Nas antigas medalhas aparece, rodeando a figura do santo, este texto latino em frase inteira: Eius in obitu nostro presentia muniamur. "Que a hora de nossa morte, nos proteja tua presença". Nas medalhas atuais, freqüentemente desaparece a frase que é substituída por esta: Crux Sancti Patris Benedicti, ou todavia, mais simplesmente, pela inscrição: Sanctus Benedictus.

Explicação do reverso

  1. Em cada um dos quatro lados da cruz: C. S. P. B.
    Crux Sancti Patris Benedicti. Cruz do Santo Pai Bento
  2. Na vertical da cruz: C. S. S. M. L.
    Crux Sacra Sit Mihi Lux. Que a Santa Cruz seja minha luz
  3. Na horizontal da cruz: N. D. S. M. D.
    Non Draco Sit Mihi Dux. Que o demônio não seja o meu guia
  4. Começando pela parte superior, no sentido do relógio: V. R. S. Vade Retro Satana. Afasta-te Satanás - N. S. M. V. Non Suade Mihi Vana. Não me aconselhes coisas vãs - S. M. Q. L. Sunt Mala Quae Libas. + mau o que me ofereces - I. V. B. Ipse Venena Bibas. Bebe tu mesmo teu veneno
Na parte superior, em cima da cruz aparece a palavra PAX e nas mais antigas IESUS

História da medalha de São Bento

Sem dúvida a medalha de São Bento é uma das mais veneradas pelos fiéis. A ela se atribuem poder e remédio, seja contra certas enfermidades do homem e animais, ou contra os males que podem afetar o espírito, como as tentações do poder do mal. + freqüente também colocá-la nos cimentos de novos edifícios como garantia de segurança e bem-estar de seus moradores.
A origem desta medalha se fundamenta em uma verdade e experiência do cunho espiritual que aparece na vida de São Bento tal como a descreve o papa São Gregório no Livro II dos Diálogos. O pai dos monges usou com freqüência do sinal da cruz como sinal de salvação, de verdade, e purificação dos sentidos. São Bento quebrou o vaso que continha veneno com o sinal da cruz feito sobre ele. Quando os monges eram perturbados pelo maligno, o santo mandava que fizessem o sinal da cruz sobre seus corações. Uma cruz era o selo dos monges na carta de sua profissão quando não sabiam escrever. Tudo isso não faz mais que convidar seus discípulos a considerar a santa cruz como sinal benfeitor que simboliza a paixão salvadora do Senhor, porque se venceu o poder do mal e da morte.
A medalha tal como hoje a conhecemos, remonta ao século XII ou XIV ou talvez a uma época anterior de sua história. No século XVII, em Nattenberg, na Baviera, em um processo contra umas mulheres acusadas de bruxaria, elas reconheceram que nunca haviam podido influir malignamente contra o mosteiro beneditino de Metten porque estava protegido por uma cruz. Feitas, com curiosidade, investigações sobre essa cruz, descobriram que nas paredes do mosteiro estavam pintadas várias cruzes com algumas siglas misteriosas que não puderam ser decifradas. Continuando a investigação entre os códices da antiga biblioteca do mosteiro, foi encontrada a chave das misteriosas siglas em um livro do século XIV. Assim sendo, entre as figuras aparece uma de São Bento segurando com a mão direita uma cruz que continha parte do texto que se encontrava só em suas letras iniciais nas hastes das cruzes pintadas nas paredes do mosteiro de Metten, e na esquerda portava una bandeirola com a continuação do texto que completava todas as siglas até àquele momento misteriosas.
Muito mais tarde, já no século XX, foi encontrado outro desenho em um manuscrito do mosteiro de Wolfenbüttel representando um monge que se defende do mal, simbolizado numa mulher com uma cesta cheia de todas as seduções do mundo. O monge levanta contra ela uma cruz que contém a parte final do texto. + possível que a existência de tal crença religiosa não seja fruto do século XIV senão muito anterior.
XIV, em março de 1742, aprovou o uso da medalha que havia sido tachada anteriormente, por alguns, de superstição. Dom Gueranger, liturgista e fundador da Congregação Beneditina de Solesmes, disse que o costume de a imagem de são Bento aparecer com a santa Cruz, confirma a força que esse poder obteve em suas mãos. A devoção dos fiéis e as muitas graças obtidas por ela é a melhor mostra de seu autêntico valor cristão. 

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A Intercessão dos Santos do Céu é Bíblica?

Jesus é o único Salvador e não o único intercessor

Quando Paulo diz que Jesus “é o único mediador entre Deus e os homens” (1Tm 2,5-6), ele quer dizer que Jesus é o único Salvador e não o único intercessor. Para confirmar, observe que o vs 6 fala sobre “salvação” e não sobre “intercessão”:
“Jesus Cristo, homem, que se entregou como resgate por todos”
Na verdade, existem muitos intercessores. O novo testamento está repleto de passagens que nos exortam a interceder uns pelos outros, inclusive, a que precede o versículo citado acima:
“Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graça por todos os homens (…). Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador” (1Tm 2,1-3).
“Orai uns pelos outros para serdes curados” (Tg 5,16b)
Logo, Jesus não pode ser o único intercessor. No entanto, todo e qualquer intercessor, sempre ora e obtém a graça em nome de NS Jesus Cristo, e não em seu próprio nome. Pois é somente através de Jesus Cristo que temos acesso ao Pai.

Quanto mais santo o intercessor, mais eficaz é a intercessão.

Diz ainda a Bíblia, que quanto mais santo o intercessor, maior a eficácia da oração:
“A oração do justo tem grande eficácia.” (Tg 5,16c)
Ora, se a oração de um justo tem grande eficácia, não há dúvida que é melhor pedir a intercessão de um justo do que de um pecador. E, como não existem homens neste mundo mais santificados do que aqueles que já estão no Céu, obviamente, é melhor pedir a intercessão de um santo do Céu do que de um homem que ainda vive neste mundo.

Os santos do Céu estão vivos

Porém, argumentam alguns: “Mas como podem interceder se estão mortos e inconscientes?” E quem disse que estão mortos aqueles que estão VIVOS diante do Trono de Deus, porque o nosso Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, como ensinou Jesus:
“Moisés chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38)
Portanto, Jesus nos diz que os santos falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus, pois VIVEM para Ele. Não estão mortos, nem inconscientes! O livro do Apocalipse também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da ressurreição, suas almas dialogam e intercedem junto a Deus:
“Vi sob o ALTAR as ALMAS DOS HOMENS IMOLADOS por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham prestado. E CLAMARAM EM ALTA VOZ: Até quando ó Senhor, Santo e Verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra? A cada um deles foi dada, então, uma veste branca, e foi-lhes dito, também, que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam SER MORTOS COMO ELES.” (Apc 6,9-11)
Neste diálogo, as almas dos santos falecidos clamam a Deus para que apresse o Dia do Juízo Final. Observe que as almas não estão adormecidas, mas estão sob o altar de onde falam com Deus. Elas clamam ansiosas pelo Dia do Juízo Final, que será também o dia da aguardada ressurreição da carne. Deus lhes dá uma veste branca (símbolo da santidade) e ordena que aguardem mais um pouco. E, enquanto aguardam, o que fazem estas almas? Aguardam adormecidas ou vivas e acordadas? Vejamos:
“Então um dos anciões falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os SOBREVIVENTES da grande tribulação. Lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, ESTÃO DIANTE DO TRONO DE DEUS, E O SERVEM, DIA E NOITE, NO SEU TEMPLO.” (Apc 7,13-15)
Portanto, esta é a situação das almas enquanto aguardam pelo ansioso dia do Juízo Final e da ressurreição da carne, quando finalmente “Deus os abrigará em sua tenda e não haverá nem fome, sede, sol ou calor e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Apc 7,15-16). Veja também como estas almas (os santos, pois estavam com vestes brancas, símbolo da santidade), intercedem diante do Trono de Deus:
“Outro anjo pôs-se junto ao ALTAR, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse com as ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS NO ALTAR de ouro, que ESTÁ ADIANTE DO TRONO. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com AS ORAÇÕES DOS SANTOS, DIANTE DE DEUS.” (Apc 8,3-4)
Eis aí uma passagem bíblica que nos garante a intercessão dos santos falecidos, e que agora estão diante do Trono de Deus. São oferecidas a Deus as orações de TODOS os santos. Se são de todos os santos, são tanto as orações dos santos da terra (cristãos que levam uma vida santa) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do Trono de Deus). Embora este trecho da abertura dos 7 selos esteja se referindo aos santos do Céu (no quinto, sexto e sétimo selos), podemos entender as orações que chegam a Deus, também vindas dos santos da terra, pois é afirmado ser as orações de TODOS os santos.
Um exemplo destas orações de santos falecidos, encontra-se em Macabeus. Nela, Judas Macabeus relata uma visão que teve de Onias e Jeremias, já falecidos, intercedendo pelo povo:
“Onias (…) estava com as mãos estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir um homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.” (2Mac 15,12-14)

E como os santos conhecem nossas preces? Eles são onipresentes?

De modo algum. Só Deus é Onipresente. No entanto, todos pertencemos ao Corpo Místico de Cristo no qual vivenciamos a comunhão dos santos, ou seja, vivenciamos o fluxo de amor e relacionamentos entre todos os membros do Corpo Místico. De um modo especial, os santos que estão no Céu já possuem uma relação de profunda intimidade com Deus, de modo que através da onipresença de Deus, os santos tomam conhecimento das preces que lhes são dirigidas. Em outras palavras, é o próprio Deus quem lhes transmite as nossas preces.
Eis como Dom Estevão Bettencourt explica esta questão:
“Os bem-aventurados têm conhecimento das preces que neste mundo lhes são dirigidas, pois Deus, que fez os homens solidários entre si, não permite que essa comunhão seja dissolvida pela morte. Por isso pedimos aos santos que intercedam por nós no Céu, e Deus lhes dá a conhecer nossas orações para que, de fato, eles rezem por nós ao Pai.”

Mas, então, qual a necessidade desta intercessão, se Deus já conhecia a prece antes mesmo do santo interceder?

Na verdade, toda e qualquer prece feita neste mundo, já era do conhecimento de Deus, antes mesmo de nós formularmos nossas súplicas. Embora assim seja, Deus quer façamos nossas súplicas. Vejamos o que disse Jesus a respeito:
“O Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes.” (Mt 6,8)
“Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (Jo 16,24)
Embora Jesus reconheça que Deus já conheça nossas necessidades antes mesmo de fazermos nossa prece, Jesus insiste que devemos formular nossas preces dizendo: Pedi e recebereis. Porquê? Para que tenhamos um diálogo, uma relação com Deus através da oração. Ora, esta relação amorosa, Deus também deseja que exista entre todos os membros do seu Corpo Místico. Por isso, mesmo já conhecendo de ante-mão as nossas súplicas, Deus incentiva a prática da oração e da intercessão para que exista este relacionamento amoroso entre nós e Deus e também entre todos os filhos de Deus, ou seja, para que “a nossa alegria seja completa”.
Interceder por alguém é um ato de amor entre os filhos de Deus. Deixar de interceder é falta de amor. Deus jamais proibirá a intercessão porque Deus é Amor.
“Naquele dia pedireis em meu nome e já não digo que rogarei ao Pai por vós. Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de Deus.” (Jo 16,26-27)


 Fonte: Claudio Augusto

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Especial - São Padre Pio de Pietrecina


Padre Pio
15 mil pessoas peregrinaram nesta quinta-feira à San Giovanni Rotondo, sul da Itália, para assistir à cerimônia que antecedeu a exibição dos restos mortais do Padre Pio, um dos santos mais venerados do país, canonizado em 2002 por João Paulo II. A iniciativa assinala o 40º aniversário da morte do Santo.
Na Celebração Eucarística presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, os presentes foram convidados a “adorar em silêncio o mistério deste Santo”.
Dom José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, disse que hoje se inaugurou “um período particularmente intenso de peregrinação”, colocando em evidência o significado da morte e das relíquias. “Somos convidados a compreender que aquilo que se vê não é toda a existência”, indicou.
De momento, desde o Vaticano, não há sinais de que Bento XVI possa fazer uma visita ao local. O corpo do Padre Pio permanecerá em exposição até setembro do próximo ano, na cripta do Santuário da Senhora das Graças, com o rosto coberto por uma máscara de silicone.
Espera-se a passagem de quase 750 mil peregrinos de todo o mundo durante este período de veneração das relíquias do Santo de Pietrelcina.
Padre Pio
Assim que os restos mortais dele foram exumados, entre os dias 2 e 3 de março, as autoridades e os peritos mostraram-se otimistas. “Ele tem ainda barba e sobrancelha. O queixo, joelhos e as unhas estão perfeitos”, comentaram, admirados.
Padre Pio
O corpo, sepultado em setembro de 1968, quatro dias depois da sua morte, foi exumado em março passado, no santuário de San Giovanni Rotondo, por uma comissão médica, em bom estado de conservação, sem sinal dos famosos estigmas, que apareceram em 1911 e desapareceram pouco antes da sua morte.
Padre Pio
O porta-voz dos capuchinhos, Frei Antonio Belpiede, informou que a equipe médica, que trabalhou na exumação do corpo do religioso revelou: “O corpo está bem conservado apesar dos 40 anos de sua morte. Os ossos estão bem ligados, ainda existem tecidos em volta deles; porém, não existe nada de extraordinário ou miraculoso". Alguns esperavam milagres, mas não existem. Existe um corpo marcado pelo tempo.
Padre Pio
Nesses últimos meses, o convento dos frades capuchinhos, ordem religiosa a qual o santo pertencia, já recebeu 700 mil pedidos de reserva de fiéis para evitar as grandes filas para a visitação. A exposição vai até setembro de 2009 e, de acordo com as previsões dos frades, cerca de 7 mil pessoas devem visitar o corpo por dia, 600 por hora.
Padre Pio
A única coisa realmente extraordinária, relatou-me o Cardeal Saraiva Martins, é que quando se abre o caixão, normalmente, se sente um mau cheiro, e o cardeal perguntou a um dos membros da comissão médica, Dr. Nazareno Gabrieli, como se explica esta falta de mau cheiro, e este respondeu: “Excelência, deve explicar o senhor, porque não estamos à altura”.
Padre Pio
Aguardando a Ressureição da carne…
Romanos 8,11–E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
1Tess 4,16 – Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.

Publicado Originalmente em:
www.cot.org.br/igreja/sao-pio-de-pietrelcina.php

Novena a São Padre Pio de Pietrecina

 
 
"Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Gál 6, 14).
Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito:
"Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gál 2, 19).

Primeiro dia

Amado São Pio de Pietrelcina, que trouxeste no teu corpo os sinais da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tu que carregaste a Cruz por todos nós, suportando os sofrimentos físicos e morais que flagelavam a alma e o corpo em um martírio contínuo, intercede junto a Deus a fim de que cada um de nós saibamos aceitar as pequenas e as grandes cruzes da vida, transformando cada sofrimento em um seguro vínculo que nos liga a vida eterna.
"Convém acostumar-se com os padecimentos que agradará a Jesus mandar-vos. Jesus que não pode sofrer de manter-vos em aflição, virá a solicitar-vos e a confortar-vos com o infundir no vosso espírito nova coragem". (Padre Pio)

Segundo dia

São Pio de Pietrelcina, que junto a Nosso Senhor Jesus Cristo, soubeste resistir às tentações do maligno. Tu que sofreste os golpes e as vexações dos demônios que queriam levar-te a abandonar a tua estrada de santidade, intercede junto ao Altíssimo a fim de que também nós, com o teu auxílio e com aquele de todo o paraíso, encontremos a força para renunciar o pecado e conservar a fé até o dia de nossa morte.
"Tenha ânimo e não temas as obscuras iras de Lúcifer. Lembra-te para sempre disto: 'Que é bom sinal quando o inimigo faz barulho e ruge em torno de tua vontade - uma vez que isto demonstra que ele não está dentro'". (Padre Pio)

Terceiro dia

Virtuoso São Pio de Pietrelcina, que tanto amaste a Mãe Celeste ao ponto dela receber cotidianas graças e consolações, intercede por nós junto da Virgem Santa depondo nas tuas mãos os nossos pecados e as nossas frias orações, a fim de que, assim como em Caná de Galiléia, o Filho diga sim a Mãe e o nosso nome ser escrito no livro da vida.
"Maria seja a estrela que vos aclare o caminho, mostre a via segura para ir ao Pai Celeste; ela seja como âncora a qual deveis sempre mais estreitamente unir-vos no tempo da prova" . (Padre Pio)

Quarto dia

Casto São Pio de Pietrelcina, que tanto amastes o teu Anjo da Guarda, o qual te guiava, defendia e era o teu mensageiro. A ti as figuras angélicas levaram as preces dos teus filhos espirituais. Intercede junto ao Senhor, a fim de que também nós aprendamos a servir-nos do nosso anjo do Anjo da Guarda, que por toda a nossa vida está pronto a sugerir-nos o caminho do bem e dissuadir-nos da realização do mau.
"Invoca o teu Anjo da Guarda, que ele te iluminará e conduzirá. O Senhor colocou-o perto de ti precisamente para isto.Por isso, serve-te dele". (Padre Pio)

Quinto dia

Prudente São Pio de Pietrelcina, que nutriste uma grandíssima devoção pelas almas do purgatório, pelas quais te ofereceste como vítima expiatória, roga ao Senhor a fim de que infunda em nós o sentimento de compaixão e de amor que tu tinhas por estas almas, de modo de que nós também consigamos reduzir o seu tempo de exílio, buscando ganhar para elas, com o sacrifícios e orações, as santas indulgências que lhes são necessárias.
"Vós Senhor, suplico-te de quer derramar sobre mim os castigos que estão preparados aos pecadores e as almas do purgatório; multiplicai-os da mesma forma sobre mim, desde que convertas e salves os pecadores e livres logo as almas do purgatório". (Padre Pio)

Sexto dia

Obediente São Pio de Pietrelcina, tu amastes aos enfermos mais do que a ti mesmo vendo neles Jesus. Tu que em nome do Senhor operaste milagres de curas no corpo, devolvendo a esperança de uma vida e renovamento no Espírito. Roga a Senhor a fim de que todos os enfermos, por intercessão de Maria Santíssima, possam experimentar teu potente patrocínio e através da cura corporal possam tirar vantagens espirituais para agradecer e louvar o Senhor Deus eternamente.
"Se depois eu sei que uma pessoa está aflita, seja na alma ou no corpo, o que eu não faria junto do Senhor para vê-la livre dos seus males? Com prazer me carregaria para vê-la salva de todas as suas aflições, cedendo em seu favor os frutos de tais sofrimentos, se o Senhor mo permitisse". (Padre Pio)

Sétimo dia

Bendito São Pio de Pietrelcina, tu que aderiste ao projeto de salvação do Senhor oferecendo teus sofrimentos para desligar os pecadores dos laços de satanás, intercede junto a Deus a fim de que os que não crêem tenham a fé e se convertam. Os pecadores se arrependam do fundo do coração, os tíbios, se afervorem na sua vida crista e os justos perseverem no caminho da salvação.
"Se a pobre alma pudesse ver a beleza da alma na graça, todos os pecados, todos os incrédulos se converteriam no mesmo instante". (Padre Pio)

Oitavo dia

Puro São Pio de Pietrelcina, que tanto amaste os teus filhos espirituais, muitos dos quais conquistaste a Cristo a preço do teu sangue, concede também a nós que não te conhecemos pessoalmente, considerarmos teus filhos espirituais, assim que com a tua paterna proteção, com a sua santa guia, e com a força que obterás do Senhor para nós, poderemos, no momento da morte, encontrar-te nas portas do Paraíso na espera da nossa chegada.
"Se me fosse possível, quereria obter do Senhor somente uma coisa; quereria ser me dissesse: 'vá ao Paraíso', quereria obter esta graça: 'Senhor, não me deixes ir ao Paraíso até que o último de meus filhos, a última das pessoas confiadas aos meus cuidados sacerdotais não tenha entrado antes de mim'". (Padre Pio)

Nono dia

Humilde Padre Pio de Pietrelcina, que tanto amaste a santa madre Igreja, intercede junto ao Senhor a fim de que mande operários para sua messe e dê a cada um deles a força e inspiração dos filhos de Deus. Pedimos-te além disto, que intercedas junto da Virgem Maria, a fim de que guie os homens em direção da unidade dos cristãos, recolhendo-os em uma única grande casa, a qual seja o farol de salvação no mar de tempestade que é a vida.
"Permaneça sempre agarrado a Santa Igreja Católica, porque só ela te pode dar a verdadeira paz, porque só ela possui Jesus Sacramentado que é o verdadeiro Príncipe da Paz". (Padre Pio)

Coroa ao Sagrado Coração de Jesus

1 - Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade vos digo, pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e ser-vos-á dado!" Eis que bato, procuro e peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória.
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!
2 - Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade, vos digo, qualquer coisa que pedis ao meu Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá!" Eis que ao Vosso Pai, em Vosso nome, eu vos peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!
3 - Ó meu Jesus, que dissestes: "Em verdade, vos digo, passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão!" Eis que, apoiado na infalibilidade das Vossas santas palavras, eu Vos peço a graça…
Pai Nosso, Ave Maria e Glória
Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em vós!
Oração: Ó Sagrado Coração de Jesus, a quem uma única coisa é impossível, isto é, a de não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, míseros pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por intermédio do Coração Imaculado da Vossa e nossa terna Mãe. São José, Amigo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós.
Rezar a Salve Rainha.
Pai Nosso Ave Maria e Gloria ao Pai. 

Publicado Originalmente em:

Frase de Hoje

"Vive-se de fé, não de sonhos." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

RESUMO DA HISTÓRIA DA VIDA DE PADRE PIO - PARTE V









O Ingresso no Noviciado de Morcone.

Padre Pio sempre caminhou retamente, não permitindo-se luxos nem nada que lhe pudesse desviar de sua relação com Jesus. Aos 16 anos de idade, Francesco Forgione (Padre Pio) havia adiantado o suficiente para entrar ao seminário; seria frade capuchinho. Ingressou na Ordem Franciscana de Morcone no dia 6 de janeiro de 1903.

Além da dor de separar-se da família e de seu vilarejo, não desistiu do sonho de entrar para o noviciado mesmo diante da luta interior: teve uma “ visão espiritual ” através da qual compreendeu que sua vida religiosa seria marcada pela luta com aquele gigante; tanto que ficou claro este ser o único passo da grande missão para a qual Deus o chamava.

Quinze dias depois de sua entrada, no dia 22 de janeiro de 1903, Francesco Forgione recebeu o hábito franciscano que está feito em forma de uma cruz e percebeu que desde esse momento sua vida estaria “ crucificada em Cristo ”. Tomou, Além disso, por nome religioso, Frei Pio de Pietrelcina em honra a São Pio V. A Fraternidade Capuchinha na qual ingressou era uma das mais austeras da Ordem Franciscana e uma das mais fiéis à regra original de São Francisco de Assis.

O início da vida religiosa do Padre Pio não foi brilhante. Excelente no comportamento, assim como na obediência, na jovialidade e no companheirismo, porém, freqüentemente estava doente e seus sintomas sempre tinham aspectos estranhos. No geral, era mais eficiente do que mais brilhante. E seus companheiros recordavam que ele, quando era interrogado, sabia sempre a lição. Mas testemunharam também que ninguém, nunca, o viu estudar.

Também durante os anos de teologia, quem entrasse em sua cela surpreendia-o em oração. Não é que se recusasse a estudar; mas apenas abria o livro e rapidamente sentia-se absorto, pensando em Deus, pensando que era constante. É inútil procurar outro motivo: Padre Pio viveu pela oração; a oração era seu ar, sua vida. Já antes de entrar no convento estava sempre absorto em Deus, e assim continuou a ser, mesmo falando com as pessoas ou fazendo outras coisas também, sem se distrair.

O jejum e a penitencia eram práticas habituais. O frade Pio abraçou todas as formas de auto privação, comendo sempre muito pouco, em uma ocasião se alimentou unicamente da Eucaristia por 20 dias e ainda que fraco fisicamente se apresentava nas aulas com declarada alegria. “ Sou imensamente feliz quando sofro, e se consentisse nos impulsos de meu coração, pediria que Jesus me desse todo o sofrimento dos homens ”.

Com o passar dos anos, os distúrbios de saúde foram se agravando tanto que os médicos, percebendo serem inúteis os diversos tratamentos, decidiram que o frei fosse mandado a Pietrelcina, acreditando que sua saúde sofreria melhoras na terra natal. Não havia dúvida que o ar de seu vilarejo lhe faria bem, mas também se constatou um estranho sintoma, que ninguém jamais explicou e que foi um verdadeiro quebra-cabeça, mesmo para o Padre Pio e para seus superiores.

A situação estava assim: em Pietrelcina, Padre Pio, devido à debilidade de saúde, não podia comer qualquer coisa e se sustentar; assim como estava antes, parecia que seu estômago rejeitava qualquer alimento, vomitava tudo, não podia deter nem mesmo uma colher de água; por isso os superiores sentiram-se obrigados a mandá-lo de volta à sua terra natal (Benevento); com dificuldades ia se colocando de pé, enquanto o distúrbio cessava lentamente.

RESUMO DA HISTÓRIA DA VIDA DE PADRE PIO - PARTE IV



As lutas do Pe. Pio com o demônio

O demônio após ter sido expulso do paraíso por São Miguel e seu anjos e sendo precipitado na terra (Apocalipse 12, 7-12) continua existindo; o seu papel ativo, não pertence ao passado e nem é uma fantasia popular. O diabo continua ativo hoje mais do que nunca, induzindo os homens ao pecado e à perdição.

A principal atividade de Satanás, nos tempos de hoje é fazer com que a
s pessoas não acreditem na sua real existência e, assim, não rezem e nem peçam a proteção do alto. Com o caminho livre o inimigo faz desastres na humanidade sem ser percebido e combatido. Mas Deus na sua infinita Misericórdia fez com que ele se mostrasse ao mundo revelando suas táticas de ataque sobre o homem como aconteceu com o padre Pio e outros santos.

Pe. Pio travou “ duros combates ” em toda sua vida, mostrando à humanidade, o poder dado por Jesus aos sacerdotes em seu ministério sacerdotal sobre o inimigo, principalmente no sacramento da Confissão, na Santa Missa, nos exorcismos, libertando as pessoas do inimigo. Tais batalhas foram brigas sangrentas, como foi escrito em muitas cartas que Pe. Pio enviava aos seus diretores espirituais.

As lutas entre Padre Pio e Satanás ficaram mais duras quando Padre Pio livrou as almas possuídas pelo diabo. Mais de uma vez, falou ao Padre Tarcísio de Cervinara que, antes de ser exorcizado, o diabo gritava: “ Padre Pio você nos dá mais preocupação que São Miguel ” e também: “ Padre Pio, não aliene as almas de nós e nós não o molestaremos ”. O diabo submeteu Padre Pio à tentações em todos os sentidos.

Padre Agostino confirmou que o diabo apareceu a ele de diferentes formas: “ O diabo apareceu como meninas jovens que dançavam nuas, em forma de crucifixo, como um jovem amigo dos monges, como o Pai Espiritual, como o Padre Provincial, como Papa Pio X, como o Anjo da Guarda, como São Francisco e como Nossa Senhora. O diabo também apareceu nas suas formas horríveis, com um exército de espíritos infernais. Às vezes não havia nenhuma aparição, mas Padre Pio estava ferido, ele era torturado com barulhos ensurdecedores, cuspido. Padre Pio teve sucesso livrando-se destas agressões ao invocar o nome de Jesus.

Uma noite de verão em que ele não conseguia dormir por causa do grande calor ouviu o barulho dos passos de alguém, que no quarto vizinho, caminhava para lá e para cá. “ O pobre Anastásio não pode dormir como eu. ”, pensou Pe. Pio. " Quero chamá-lo, pois, pelo menos conversamos um pouco ". Ele foi até a janela e chamou o confrade mas sua voz permaneceu presa na garganta: No parapeito da janela vizinha, um monstruoso cão se apoiava. Assim contava o próprio Pe. Pio: “ Vi horrorizado entrar pela porta um enorme cão feroz de cuja boca saia muita fumaça. Eu caí de bruços na cama e ouvi o que ele dizia: “ É este, é este ! ” " Ainda naquela posição vi a fera pular sobre o parapeito da janela e de lá lançar-se sobre o telhado da frente para em seguida desaparecer".

* Amor pela Santíssima Virgem *

Toda sua vida não foi outra coisa que uma contínua oração e penitência, aquela do Rosário sua predileta oração, assim como de muitos Papas principalmente João Paulo II, este consagrado a Maria (Totus Tuus – todo teu). Com esta oração não impedia que semeasse a seu redor felicidade e grande alegria entre aqueles que escutavam suas palavras, que eram cheias de sabedoria ou de um extraordinário senso de humor.

Através de suas cartas, ao confessor se descobrem indescritíveis e tremendos sofrimentos espirituais e físicos, seguidos de uma felicidade inefável derivada de sua íntima e continua união com Deus.

Chegava a padre Pio uma multidão de peregrinos de todo o mundo e, além disso, recebia numerosas cartas pedindo oração e conselho. O Papa João Paulo II, em 1947, quando era um sacerdote recém ordenado foi visitar ao padre Pio e ficou profundamente impressionado por sua santidade. Já sendo Papa visitou sua cripta.

* Os Dons extraordinários: *

1) Discernimento extraordinário: É a capacidade de ler os corações e as consciências dos penitentes.

2) Profecia: Pode anunciar eventos do futuro.

3) Curas: Curas milagrosas pelo poder da oração.

4) Bilocação: Estar em dois lugares ao mesmo tempo.

5) Perfume: O sangue de seus estigmas tinha fragrância de flores.

6) Ierognosia: Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados.

7) Estigmas: Recebeu os estigmas no dia 20 de setembro de 1918 e os levou até sua morte 50 anos depois (23 de setembro, 1968). Os médicos que observaram os estigmas do padre Pio não puderam fazer cicatrizar suas chagas nem dar explicação delas. Calcularam que perdia um copo de sangue diário, mas suas chagas nunca se infectaram. O padre Pio dizia que eram um presente de Deus e uma oportunidade para lutar, para ser mais e mais como Jesus Cristo Crucificado.