"ORAÇÃO A SÃO PIO DE PIETRELCINA (PADRE PIO) Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de vosso Filho, por sua intercessão, dai-me a graça... que tanto desejo; e sobretudo concedei-me unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressurreição. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai." ”

sábado, 31 de março de 2012

Frase de Hoje

"Deveremos prestar contas detalhadas a Deus de todos os nossos minutos. " (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

sexta-feira, 30 de março de 2012

Frase de Hoje

"Atuemos de forma que Jesus veja em nós sempre e somente o bem." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

quinta-feira, 29 de março de 2012

Frase de Hoje

"As orações que você sempre me pede, nunca lhe faltarão." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Frase de Hoje

"Bendigo ao bom Deus pelos bons sentimentos que a Sua graça te dá." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

terça-feira, 27 de março de 2012

Frase de Hoje

"Deus sempre o preencherá com Seu bálsamo se você se esvaziar do mundo. " (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

segunda-feira, 26 de março de 2012

Frase de Hoje

"Deus fala a quem tem um coração humilde aos olhos dele." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 25 de março de 2012

Frase de Hoje

"Devemos agradecer a Deus pela força que nos dá para suportarmos com resignação e paciência todas as tribulações." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

sábado, 24 de março de 2012

Frase de Hoje

"Como posso amar a Jesus? perguntou alguém. Padre Pio respondeu- lhe: Jesus disse: 'Quem Me ama observa Meus mandamentos'. É preciso provar que você ama a Deus. Observe os mandamentos e cumpra seus deveres por amor dEle. Isso é amar a Deus!" (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

sexta-feira, 23 de março de 2012

quinta-feira, 22 de março de 2012

Cruz Sagrada de São Bento

Em latim:
"Crux Sacra sit mihi lux;
non draco sit mihi dux;
vade retro satana!;
nunquam suad mihi vana;
sunt mala quae libas;
ipse venena bibas."
Tradução:
"A Cruz sagrada seja a minha Luz.
Não seja o Dragão meu guia.
Retira-te Satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mal o que tu me ofereces.
Bebe tu mesmo do teu veneno."

Rogai por nós bem aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.


A Medalha de São Bento, onde está gravada esta famosa oração, é considerada um sacramental, quer dizer, um sinal poderoso de fé. Diz-se que o uso da medalha protege contra as artes do demônio e concede graças, como a vitória sobre os inimigos e, é claro, sobre a tentação.

Santificação

De acordo com a tradição, São Bento de Núrsia foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado.
Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efetivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as ofensas que ele recebia.
O Santo Varão, como também é chamado, vencia o Tentador utilizando-se do sinal da cruz e da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro.

A Cruz-Medalha de São Bento

Diz-se que a Cruz-Medalha de São Bento foi descoberta por ocasião da condenação de algumas bruxas, que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto contra os moradores do mosteiro local. Intrigados com o fato, foram averiguar o que existia no mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas na coluna as imagens contidas nas Medalhas utilizadas ainda hoje.
Observa-se ainda, que ao contrário da crendice popular, na frente da medalha não está a Cruz e sim a imagem do Homem de Deus, empunhando uma cruz e sua Regra.
Após a morte de São Bento, um fiel seguidor do santo cria uma medalha na qual estão escritas iniciais de frases em latim, como se vê abaixo:
  • Na frente da medalha:
"Ejus in obitu nostro praesentia muniamur" = Sejamos protegidos pela sua presença na hora de nossa morte.
  • No verso:
CSPB = Crux Sancti Patris Benedicti (Cruz do Santo Pai Bento)
CSSML = Crux Sacra Sit Mihi Lux (A Cruz Sagrada Seja a Minha Luz)
NDSMD = Non Draco Sit Mihi Dux (Não seja o dragão o meu guia)
VRS = Vade retro, satana! (Para trás, satanás!)
NSMV = Nunquam Suade Mihi Vana (Nunca seduzas minha alma)
SMQL = Sunt Mala Quae Libas (São coisas más que brindas)
IVB = Ipse Venena Bibas (Bebas do mesmo veneno)
 
 
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Publicado Originalmente em:
http://www.catolico.org.br/medalha.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_N%C3%BArsia

Frase de Hoje

"Ria-se dos elogios que as pessoas lhe fazem, e repasse-os todos a Deus!" (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

quarta-feira, 21 de março de 2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Frase de Hoje

"Se as pessoas soubessem quão proveitoso é o sofrimento, quereriam ser também pregadas à Cruz!" (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

segunda-feira, 19 de março de 2012

Frase de Hoje

"Que São José sempre interceda pela integridade de todas as famílias, da mesma forma que protegeu a Sagrada Família." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

domingo, 18 de março de 2012

Última Missa de Padre Pio


Padre Pio nasceu no pequeno comune de Pietrelcina, muito próximo à cidade de Benevento, em 25 de maio de 1887, um dos sete filhos de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. Foi batizado no dia seguinte.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, que os via constantemente devido a tanta familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu anjo da Guarda a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu anjo da guarda estreitando assim a intimidade dos fiés para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no noviciado em Morcone adotando o nome de "frei Pio"; concluído o ano de noviciado, formulou os votos simples em 1904; em 1907 formulou a profissão dos votos solenes. Freqüentou estudos clássicos e filosofia. Foi ordenado padre em 10 de agosto de 1910 no Duomo de Benevento.

Aos casos mais urgentes e complicados o frade de Pitrelcina dizia: "Estes só Nossa Senhora", tamanha era a sua confiança na sua maezinha do céu a quem ele tanto amava e queria obter suas virtudes.

Percebendo que a sua missão era de acolher em si o sofrimento do povo, recebe como confirmação do Cristo os sinais da Paixão em seu próprio corpo. Estava aí marcado em si mesmo a sua missão. Deus o queria para aliviar o sofrimento do seu povo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por este sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiés e libertá-los das garras do Demônio que era conhecido por ele como "barba azul". Torturado, tentado e testado muitas vezes por este, sabia muito da sua astúcia no seu afã em desviar os filhos de Deus do caminho da fé.

Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de Construir um grande hospital, o tão conhecido "Casa Alívio do Sofrimento", que viria a ser o referência em toda a Europa. Mesmo com o seu ministério sacerdotal vitimado por calúnias injustificáveis, não se arrefeceu o coração para com a Igreja por quem tinha grande apreço e admiração. Sabia muito bem distinguir de onde provinham as calúnias, sendo estas vindas por parte de alguns da Igreja, e não da Igreja mãe e mestra a quem ele tanto amava.

A pedido do Santo Padre, devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, cria os grupos de Oração, verdadeiras células catalizadoras do amor e da paz de Deus para serem dispenseiros de tais virtudes no mundo que sofria e angustiáva-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração celebra-se uma Missa nesta intenção. Seria esta Missa o caminho do seu Calvário definitivo, onde entregaria a alma e o corpo ao seu grande apaixonado; a última vez que os seus filhos espirituais veriam o padre a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a cruz do Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Morte suave de quem havia completado a missão, de quem agora retornaria ao seio do Pai em quem tanto confiou. Hoje são muitas as pessoas que se juntaram a fileira dos seus devotos e filhos espirituais em vários grupos de oração que se espalharam pelo mundo. É o próprio padre Pio que diz: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar".
O procedimento que levou à sua canonização teve início com o nihil obstat de 29 de novembro de 1982. Em 20 de março de 1993 foi começado o processo diocesano para sua canonização. Em 21 de janeiro de 1990 Padre Pio foi proclamado "venerável", beatificado em 2 de maio de 1999 e foi canonizado em 16 de junho de 2002, proclamado na Praça de São Pedro pelo pontífice Papa João Paulo II como São Pio de Pietrelcina.

A sua festa litúrgica é celebrada dia 23 de setembro.

Frase de Hoje

"Reavive a cada momento a sua confiança em Deus e mais ainda na hora das provações." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

sábado, 17 de março de 2012

Alegria do Calvário - Padre Pio

“O verdadeiro cristão é aquele que medita todos os dias a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.”

( Padre Pio)

“Afasta de Mim esse cálice.” Meu Jesus, por que pedis o que não podeis obter? Que mistério vertiginoso! A mágoa que vos dilacera vos faz mendigar a ajuda e conforto, mas o vosso amor por nós e o desejo de nos levar a Deus vos faz dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a Tua”.

Na perseverança da ORAÇÃO está a resposta para nossa vida. Padre Pio medita na alegria que é mesmo na dor, angustia e sofrimento fazer a vontade de Deus Pai, como Jesus nosso espírito está pronto, mas a carne é fraca. Devemos vigiar e orar para no momento da tentação não pecar. Faça essa valiosa experiência! Stª Gemma meditava na paixão de Jesus toda sexta-feira, porém, um manhã seu anjo lhe apareceu e a exortou a meditar todos os dias, dizendo: “Vês, todas essas chagas, vê todo esse amor e dor, são por ti”! Comece fazendo toda sexta e logo, logo será impelido a fazer mais vezes. Logo estará a meditar a santa paixão em seus detalhes durante todo seu dia e até durante o sono. É importante lembrar que no século passado, tivemos dois grandes santos com estigmas: Stª Gemma e St. Padre Pio, ambos meditavam dia e noite nos sofrimentos de Jesus e por esse motivo, também, foram mergulhados em suas chagas.



MEDITAÇÃO SOBRE A PAIXÃO DOLOROSA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

 Por São Pio de Pietrelcina

Em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santo. Amém.

(por-se na presença de Deus…fazer um ato de detestação dos pecados)

Oração Preparatória

Espírito Divino iluminai a minha inteligência, inflamai o meu coração, enquanto medito na Paixão de Jesus. Ajudai-me a penetrar nesse mistério de amor e sofrimento do meu Deus, que, feito homem sofre, agoniza, morre por mim.
 

Meditação :

Ó Eterno, ó Imortal, descei até nós para sofrer um martírio inaudito, a morte infame sobre a cruz no meio dos insultos, de impropérios e ignomínias, a fim de salvar a criatura que o ultrajou e continua a atolar-se na lama do pecado.

“O homem saboreia o pecado e, por causa do pecado, Deus está mortalmente triste; os tormentos duma agonia cruel fazem-no suar sangue!…”

Não, não posso penetrar neste oceano de amor e de dor sem a ajuda da vossa graça, ó meu Deus. Abri-me o acesso à mais íntima profundidade do coração de Jesus, para que eu possa participar da amargura que o conduziu ao Jardim das Oliveiras, até às portas da morte,  para que me seja dado consolá-lo no seu extremo abandono. Ah! Pudesse eu unir-me a Cristo, abandonado pelo Pai e por Si próprio, a fim de expirar com Ele!

“Maria, Mãe das Dores, permiti que eu siga Jesus e participe intimamente da sua Paixão e do seu sofrimento!”

Meu Anjo da guarda velai para que as minhas faculdades se concentrem todas na agonia de Jesus e nunca mais se desprendam… No termo da sua vida terrestre, depois de se nos ter inteiramente entregue no Sacramento do seu amor, o Senhor dirige-se ao Jardim das Oliveiras, conhecido dos discípulos, mas de Judas também. Pelo caminho ensina-os e prepara-os para a sua Paixão iminente convida-os, por Seu amor, a sofrer calúnias, perseguições até à morte, para os transfigurar à semelhança dele, modelo divino. No momento de começar a sua Paixão amaríssima, não é nele que pensa; pensa em ti.
Que abismos de amor não contém o seu Coração! A sua Santa Face é toda tristeza, toda ternura. As suas palavras jorram da profundidade mais íntima do seu coração, e são todas palpitação de amor.
— Ó Jesus, o meu coração perturba-se quando penso no amor que vos obriga a correr ao encontro da vossa Paixão. Ensinastes-nos que não há amor maior que dar a vida por aqueles a quem se ama. Eis que estáis prestes a selar estas palavras com o vosso exemplo.
No Jardim da Oliveiras, o Mestre afasta-se dos discípulos e só leva três testemunhas da sua Agonia: Pedro, Tiago e João. Eles, que o viram transfigurado sobre o Tabor, terão força para reconhecer o Homem-Deus neste ser, esmagado pela angústia da morte?

Ao entrar no Jardim disse-lhes: “Ficai aqui! … 

…Velai e rezai para não cairdes em tentação. Acautelai-vos, porque o inimigo não dorme. Armai-vos antecipadamente com as armas da oração para não serdes surpreendidos e arrastados para o pecado. É a hora das trevas”. Tendo-os exortado, afastou-se à distância de uma pedrada e prostrou-se com a face em terra. A sua alma está mergulhada num mar de amargura e extrema aflição. É tarde. Na lividez da noite agitam-se sombras sinistras. A Lua parece injetada de sangue. O vento agita as árvores e penetra até aos ossos.

Toda a natureza como que estremece de secreto pavor! Ó noite, como nunca houve outra semelhante.

Eis o lugar onde Jesus vem orar. Ele despoja a sua santa Humanidade da força à qual tem direito pela sua união com a Divina Pessoa, e mergulha-a num abismo de tristeza, de angústia, de abjeção. O seu espírito parece submergir-se…
Via antecipadamente toda a sua Paixão.
Vê Judas, seu apóstolo tão amado, que o vende por alguns dinheiros. Ei-lo a caminho de Getsêmani, para o trair e entregar! Todavia, ainda há pouco não o alimentou com a sua carne, não lhe deu a beber o seu sangue? Prostrado diante dele, lavou-lhe os pés, apertou-os contra o coração, beijou-os com os seus lábios. Que não fez ele para o reter à beira do sacrilégio, ou pelo menos para o levar a arrepender-se! Não! Ei-lo que corre para a perdição… Jesus chora. Vê-se arrastado pelas ruas de Jerusalém onde ainda há alguns dias o aclamavam como Messias. Vê-se esbofeteado diante do sumo-sacerdote. Ouve os gritos: À morte! Ele, o autor da vida, é arrastado como um farrapo de um para outro tribunal. O povo, o seu povo tão amado, tão cumulado de bênçãos, vocifera contra Ele, insulta-o, reclama aos gritos a sua morte, e que morte, a morte sobre a cruz. Ouve as suas falsa acusações. Vê-se flagelado, coroado de espinhos, escarnecido, apupado como falso rei.
Vê-se condenado à cruz, subindo ao Calvário, sucumbindo ao peso do madeiro, trêmulo, exausto… ei-lo chegado ao Calvário, despojado das roupas, estendido sobre a cruz, impiedosamente trespassado pelos pregos, ofegante entre indizíveis torturas… Meu Deus! Que longa agonia de três horas, até sucumbir no meio dos apupos da gentalha, ébria de cólera!
Ei-lo com a garganta e as entranhas, devoradas por sede ardente. Para estancar essa sede, dão-lhe vinagre e fel.
Vê o Pai que o abandona, e a Mãe, aniquilada pela dor.
Para acabar, a morte ignominiosa no meio de dois ladrões. Um reconhece-o, e pôde salvar-se; o outro blasfema e morre réprobo.
Vê Longuinhos, que se aproxima para lhe trespassar o coração.
Ei-la, consumada, a extrema humilhação do corpo e da alma, que separam…
Tudo isto, cena após cena, passa diante dos seus olhos, apavora-o, acabrunha-o. Recusará? Desde o primeiro instante tudo avaliou, tudo aceitou. Porque, pois, este terror extremo? É que expôs a sua santa humanidade como escudo, captando os ataques da Justiça, ultrajada pelo pecado.

Sente vivamente no espírito, mergulhado na maior solidão, tudo o que vai sofrer.

Para tal pecado, tal pena… Está aniquilado, porque se entregou, ele próprio, ao pavor, à fraqueza, à angústia.
Parece ter chegado ao auge da dor. Está de rastos, com a face em terra, diante da Majestade do Pai. Jaz no pó, irreconhecível, a santa Face do Homem-Deus, que goza da visão beatífica. Meu Jesus! Não sois Deus? Não sois o Senhor do Céu e da Terra, igual ao Pai? Para que haveis de abaixar-vos até perder todo o aspecto humano?
Ah, sim… Compreendo! Quereis ensinar-me, a mim, orgulhoso, que para entender o Céu devo abismar-me até ao fundo da Terra. É para expiar a minha arrogância que vos deixais afundar no mar da agonia. É para reconciliar o Céu com a Terra que vos abaixais até à terra como se quisesseis dar-lhe o beijo da paz…
Jesus ergue-se, volve para o céu um olhar suplicante, ergue os braços, reza. Cobre-lhe o rosto mortal palidez! Implora o Pai que se desviou dele. Reza com confiança filial, mas sabe bem qual o lugar que lhe foi marcado. Sabe-se vítima a favor de toda a raça humana, exposta à cólera de Deus ultrajado. Sabe que só ele pode satisfazer a Justiça infinita e conciliar o Criador com a criatura. Quer, reclama que seja assim. A sua natureza, porém, está literalmente esmagada. Insurge-se contra tal sacrifício. Todavia, o seu espírito está pronto à imolação e o duro combate continua. Jesus, como podemos pedir-vos para sermos fortes, quando vos vemos tão fraco e acabrunhado?
Sim, compreendo! Tomastes sobre vós a nossa fraqueza. Para nos dardes a vossa força, vos tornastes a vítima expiatória. Quereis ensinar-nos como só em vós devemos depositar confiança, até quando o céu nos parece de bronze.
Na sua Agonia, Jesus clama ao Pai: “Se é possível, afasta de mim este cálix”. É o grito da natureza que, prostrada, recorre cheia de confiança ao Céu. Embora saiba que não será atendido, porque não deseja sê-lo, contudo ora. Meu Jesus, por que pedis o que não podeis obter? Que mistério vertiginoso! A mágoa que vos dilacera vos faz mendigar a ajuda e conforto, mas o vosso amor por nós e o desejo de nos levar a Deus vos faz dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”. O seu coração desolado tem sede de ser confortado, tem sede de consolação.
 

Docemente, Ele levanta-se, dá alguns passos vacilantes; aproxima-se dos discípulos; eles, pelo menos, os amigos de confiança, hão de compreender e partilhar da sua mágoa…

…encontra-os mergulhados no sono. De súbito sente-se só, abandonado! “Simão, dormes?” pergunta docemente a Pedro. Tu, que há pouco me dizias que querias seguir-me até à morte!

Vira-se para os outros. “Não podeis velar uma hora comigo?”. Uma vez mais, esquece os sofrimentos, não pensa senão nos discípulos: “Velai e orai para não cairdes em tentação!”. Parece dizer “Se me esquecestes tão depressa, a mim, que luto e sofro, pelo menos no vosso próprio interesse, velai e orai!”.

Mas eles, tontos de sono, mal o ouvem.
Ó meu Jesus, quantas almas generosas, tocadas pelos vossos lamentos, vos fazem companhia no Jardim da Oliveiras, compartilhando da vossa amargura e da vossa angústia moral. Quantos corações têm respondido generosamente ao vosso apelo através dos séculos! Possam eles vos consolar e, comparticipando do vosso sofrimento, possam eles cooperar na obra da salvação! Possa eu próprio ser desse número e vos consolar um pouco, ó meu Jesus!
Jesus volta ao local da oração e apresenta-se-lhe diante dos olhos um outro quadro bem mais terrível. Desfilam diante dele todos os nossos pecados, nos seus mais ínfimos pormenores. Vê a extrema vulgaridade dos que os cometem. Sabe a que ponto ultrajam a divina Majestade. Vê todas as infâmias, todas as obscenidades, todas as blasfêmias que mancham os corações e os lábios, criados para cantar a glória de Deus. Vê os sacrilégios que desonram padres e fiéis. Vê o abuso monstruoso dos sacramentos, instituídos por Ele para nossa salvação, e que facilmente podem ser causa de nos perdermos.
Tem de cobrir-se com toda a lama fétida da corrupção humana. Tem de expiar cada pecado à parte, e restituir ao Pai toda a glória roubada. Para salvar o pecador, tem de descer a esta cloaca. Mas, isto não o detém. Vaga monstruosa, essa lama rodeia-o, submerge-o, oprime-o. Ei-lo em frente do Pai, Deus da Justiça, Ele, Santo dos Santos, vergado ao peso dos nossos pecados, tornando-se igual aos pecadores. Quem poderá sondar o seu horror e a sua extrema repugnância? Quem compreenderá a extensão da horrível náusea, do soluço de desgosto? Tendo tomado todo o peso sobre ele, sem exceção alguma sente-se esmagado por monstruoso fardo, e geme sob o peso da Justiça divina, em face do Pai que permitiu ao Seu filho se oferecesse como vítima pelos pecados do mundo, e se transformasse numa espécie de maldito.
A sua pureza estremece diante desta massa infame mas ao mesmo tempo vê a Justiça ultrajada, o pecador condenado… No seu coração defrontam-se duas forças, dois amores. Vence a Justiça ultrajada. Mas, que espetáculo infinitamente lamentável! Este homem, carregado com todos os nossos crimes. Ele, essencialmente Santidade, confundido, embora exteriormente, com os criminosos… Treme como um folha.

Para poder afrontar esta terrível agonia abisma-se na oração…

…prostrado diante da Majestade do Pai, diz: “Pai, afasta de mim este cálice”. É como se dissesse: “Pai, quero a tua glória! Quero o cumprimento da tua justiça. Quero a reconciliação do gênero humano. Mas não por este preço! Que eu, santidade essencial, seja assim salpicado pelo pecado, ah! não… isso não! Ó pai, a quem tudo é possível, afasta de mim este cálice e encontra outro meio de salvação nos tesouros insondáveis da tua sabedoria. Porém, se não quiseres, que a tua vontade, e não a minha, se faça!
Desta vez ainda, fica sem efeito a prece do Salvador. Sente a angústia mortal, ergue-se a custo em busca de consolação. Sente como as forças o abandonam. Arrasta-se penosamente até junto dos discípulos. Uma vez mais, encontra-os a dormir. A sua tristeza torna-se mais profunda. E contenta-se simplesmente em os acordar. Sentiram-se confusos? Sobre isto nada sabemos. Só vemos Jesus indizivelmente triste. Guarda para ele toda a amargura deste abandono.
Mas Jesus, como é grande a dor que leio no teu coração, transbordante de tristeza. Vos vejo afastando-vos dos vossos discípulos, ferido, todo magoado! Pudesse eu dar-vos algum reconforto, consolar-vos um pouco… mas, incapaz de mais nada, choro aos vossos pés. Unem-se às vossas as lágrimas do meu amor e da minha compunção e…

…elevam-se até ao trono do Pai, suplicando que tenha piedade de nós, que tenha piedade de tantas almas, mergulhadas no sono do pecado e da morte.

Jesus volta ao lugar onde rezara, extenuado e em extrema aflição. Cai, sim, mas não se prostra. Cai sobre a terra. Sente-se despedaçado por angústia mortal e a sua prece torna-se mais intensa.
O Pai desvia o olhar, como se Ele fosse o mais abjeto dos homens. Parece-me ouvir os lamentos do Salvador:
Se, ao menos as criaturas por causa de quem eu tanto sofro quisessem aproveitar-se das graças obtidas através de tantas dores! Se, ao menos reconhecessem pelo seu justo valor, o preço pago por mim para resgatar e dar-lhes a vida de filhos de Deus! Ah! este amor despedaça-me o coração, bem mais cruelmente do que os carrascos que irão, em breve, despedaçar-me a carne…
Vê o homem que não sabe, porque não quer saber; e blasfema do Sangue Divino e, o que é bem mais irreparável, serve-se desse Sangue para sua condenação. Quão poucos o hão de aproveitar, quantos outros correrão ao encontro do próprio extermínio!
Na grande amargura do Seu coração, continua a repetir:

“Quæ utilitas in sanguine meo?

Quão poucos aproveitaram o meu Sangue!

O pensamento, porém, deste pequeno número basta para afrontar a Paixão e morte.
Nada existe, não há ninguém que possa dar-lhe sombra de consolação. O Céu fechou-se para Ele. O homem, embora esmagado ao peso dos pecados, é ingrato e ignora o seu amor. Sente-se submerso num mar de dor e grita no estertor da agonia: “A minha alma está triste até a morte”.
Sangue Divino, que jorras, irresistivelmente do Coração de Jesus, corres por todos os seus poros para lavar a pobre Terra ingrata. Permite-me que eu te recolha, Sangue tão precioso, sobretudo estas primeiras gotas. Quero guardar-te no cálice do meu coração.
És prova irrefutável deste Amor, única causa de teres sido vertido. Quero purificar-me através de ti, Sangue preciosíssimo! Quero com ele purificar todas as almas, manchadas pelo pecado. Quero oferecer-te ao Pai.
É o sangue do seu Filho Bem-Amado que caiu sobre a Terra para a purificar. É o Sangue do seu Filho que ascende ao Seu trono para reconciliar a Justiça ultrajada…

… a alegria é na verdade muito mais veemente do que a dor.

Jesus chegou então ao fim do caminho doloroso?
Não. Ele não quer limitar a torrente do seu amor! É preciso que o homem saiba quanto ama o Homem-Deus. É preciso que o homem saiba até que abismos de abjeção pode levar amor tão completo. Embora a Justiça do Pai esteja satisfeita com o suor do Sangue preciosíssimo, o homem carece de provas palpáveis deste amor.
Jesus seguirá pois até ao fim: até à morte ignominiosa sobre a cruz. O contemplativo conseguirá talvez intuir um reflexo desse amor que o reduz aos tormentos da santa agonia no Jardim das Oliveiras. Aquele, porém, que vive, entorpecido pelos negócios materiais, procurando muito mais o mundo do que o Céu, deve vê-lo também pelo aspecto externo, pregado à cruz, para que, ao menos, o comova a visão do seu Sangue e a Sua cruel agonia.

Não. o Seu coração, transbordante de amor, não está ainda contente! Domina-o a aflição, e ora de novo: “Pai, se este cálice não pode ser afastado, sem que eu bebe, faça-se a Tua vontade”.
A partir deste instante, Jesus responde do fundo do seu coração abrasado de amor, ao grito da humanidade que reclama a sua morte como preço da Redenção. À sentença de morte que seu Pai pronuncia no Céu, responde a Terra reclamando a sua morte. Jesus inclina a sua adorável cabeça: “Pai, se este cálice não pode ser afastado, sem que eu o beba, faça-se a Tua vontade”.

E eis que o Pai lhe envia um anjo de consolação.

Que alívio pode um anjo oferecer ao Deus da força, ao Deus invencível, ao Deus Todo-Poderoso?

Mas este Deus quis tornar-se inerme. Tomou sobre os ombros toda a nossa fraqueza. É o Homem das Dores, em luta com a agonia.
Ora ao Pai por Si e por nós. O Pai recusa atendê-lo, pois deve morrer por nós. Penso que o anjo se prostra profundamente diante da Beleza eterna, manchada de pó e sangue, e com indizível respeito suplica a Jesus que beba o cálice, pela glória do Pai e pelo resgate dos pecadores.

Rezou assim, para nos ensinar a recorrer ao Céu em oração, unicamente quando as nossas almas estão desoladas como a Sua.

Ele, a nossa força, virá ajudar-nos, pois que consentiu em tomar sobre os ombros todas as nossas angústias.
Sim, meu Jesus, é preciso que bebais o cálice até ao fundo! Estais votado à morte mais cruel. Jesus, que nada possa separar-me de vós, nem a vida nem a morte! Se, ao longo da vida, só desejo unir-me ao vosso sofrimento, com infinito amor, ser-me-á dado morrer convosco no Calvário e convosco subir à Glória. Se vos sigo nos tormentos e nas perseguições tornar-me-eis digno de vos amar um dia, no Céu, face a face, convosco, cantando eternamente o vosso louvor em ação de graças pela cruel Paixão.
Vede!
Forte, invencível, Jesus ergue-se do pó!
Não desejou Ele o banquete de sangue com o mais forte desejo? Sacode a perturbação que o invadira, enxuga o suor sangrento da face, e, em passo firme dirige-se para a entrada do Jardim.
Onde ides, Jesus?
Ainda há instantes, não estavas empolgado pela angústia e pela dor? Não vos vi eu, trêmulo, e como que esmagado sob o peso cruel das provações que vão tombar sobre vós? Aonde ides nesse passo intrépido e ousado? A quem vais entregar-vos?

“Escuta, meu filho:

as armas da oração ajudaram-me a vencer; o espírito dominou a fraqueza da carne. A força foi-me transmitida, enquanto orava, e agora eis-me pronto a tudo desafiar. Segue o meu exemplo e arranja-te com o Céu, como eu fiz.”

Jesus aproxima-se dos apóstolos. Continuam a dormir!
A emoção, a hora tardia, o pressentimento de alguma coisa horrível e irreparável, a fadiga — e ei-los mergulhados em sono de chumbo. Jesus tem piedade de tanta fraqueza. “O espírito está pronto, mas a carne é fraca”.
Jesus exclama. “Dormi agora e repousai”.
Detém-se por instante. Ouvem que Jesus se vai aproximando, e entreabrem os olhos…
Jesus continua a falar: “Basta. É chegada a hora; eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos, vamos; eis que se aproxima o que me há de entregar”.
Jesus vê todas as coisas com os seus olhos divinos. Parece dizer:
 

PEDRO

Meus amigos e discípulos, vós dormis, enquanto que os meus inimigos velam e se aproximam para virem prender-me! Tu, Pedro, que há pouco te julgavas bastante forte para me seguir até na morte, também tu dormes agora! Desde o princípio tens-me dado provas da tua fraqueza! Está, porém, tranqüilo. Aceitei sobre mim a tua fraqueza e rezei por ti. Depois de confessares a tua falta, serei a tua força e apascentará os meus rebanhos…

JOÃO

E tu, João, também tu dormes? Tu, que acabavas de sentir as pulsações do meu coração, não pudeste velar uma hora comigo!
Levantai-vos, vamos partir, já não há tempo para dormir. O inimigo está à porta! É a hora do poder das trevas! Partamos. De livre vontade, vou ao encontro da morte. Judas acorre para trair-me, e eu vou ao seu encontro. Não impedirei que se cumpram à risca as profecias.

Chegou a minha hora: a hora da misericórdia infinita.

Ressoam os passos; archotes acesos enchem o jardim de sombras e púrpura. Intrépido e calmo, Jesus avança seguido pelos discípulos.

“Ó meu Jesus, dai-me a vossa força quando a minha pobre natureza se revolta diante dos males que a ameaçam, para que possa aceitar com amor as penas e aflições desta vida de exílio. Uno-me com toda a veemência aos vossos méritos, às vossas dores, à vossa expiação, às vossas lágrimas, para poder trabalhar convosco na obra da salvação. Possa eu ter a força de fugir ao pecado, causa única da vossa agonia, do vosso suor de sangue, e da vossa morte.

Afasteis de mim o que vos desagrada, e imprimi no meu coração com o fogo do vosso santo amor todos os vossos sofrimentos. Abraçai-me tão intimamente, em abraço tão forte e tão doce, que nunca eu possa deixar-vos sozinho no meio dos vossos cruéis sofrimentos.
Só desejo um único alívio: repousar sobre o vosso coração. Só desejo uma única coisa: partilhar da vossa Santa Agonia. Possa a minha alma inebriar-se com o vosso Sangue e alimentar-se com o pão da vossa dor!
Amém.

Paixão de Cristo, confortai-me !


O Poder do Santo Rosário


1. Introdução – O poder do Santo Rosário na vida do Papa João Paulo II
O pontificado do saudoso Papa João Paulo II, gloriosamente reinante de 1978 a 2005, foi muito marcado pela ênfase que deu à dois elementos fundamentais da fé católica: a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia e a devoção à Santíssima Virgem.
Foi nesta linha que proclamou, nos seus últimos anos de pontificado, o Ano do Rosário (de Outubro de 2002 à Outubro de 2003) e o Ano da Eucaristia (de Outubro de 2004 a Outubro de 2005), acrescentando no Santo Rosário a contemplação dos Mistérios da Luz, onde se acompanha Nosso Senhor Jesus Cristo desde o seu batismo no Rio Jordão até a instituição do Santíssimo Sacramento.
São belíssimas as palavras do Papa João Paulo II sobre o Rosário: “O Rosário da Virgem Maria, que ao sopro do Espírito de Deus se foi formando gradualmente no segundo Milênio, é oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milênio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade. (…) O Rosário, de fato, ainda que caracterizado pela sua fisionomia mariana, no seu âmago é oração cristológica. Muitos dos meus Predecessores atribuíram grande importância a esta oração. (…) Eu mesmo não descurei ocasião para exortar à frequente recitação do Rosário. Desde a minha juventude, esta oração teve um lugar importante na minha vida espiritual. Trouxe-mo à memória a minha recente viagem à Polônia, sobretudo a visita ao Santuário de Kalwaria. O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações; nele encontrei sempre conforto. Vinte e quatro anos atrás, no dia 29 de Outubro de 1978, apenas duas semanas depois da minha eleição para a Sé de Pedro, quase numa confidência, assim me exprimia: <<O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Maravilhosa na simplicidade e na profundidade.>> (…) Quantas graças recebi nestes anos da Virgem Santa através do Rosário: Magnificat anima mea Dominum! Desejo elevar ao Senhor o meu agradecimento com as palavras da sua Mãe Santíssima, sob cuja proteção coloquei o meu ministério petrino: Totus tuus!” (Rosarium Virginis Mariae, 1-2) O lema “Totus Tuus”, do latim, significa “todo teu”.
2. O poder do Santo Rosário nos escritos dos santos
O poder do Santo Rosário, fundamentado na contemplação dos Mistérios de Nosso Senhor e na intercessão da Santíssima Virgem, nos é precisado, entre os santos canonizados pela Santa Igreja, sobretudo por dois grandes devotos da Mãe de Deus, que são Santo Afonso Maria de Ligório, doutor da Santa Igreja, e São Luiz Maria Montfort, autor do famoso “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.
Escreve Santo Afonso de Ligório; a respeito da intecercessão da Virgem Maria: “É impossível a tão benigna Rainha ver a necessidade de uma alma, sem ir em seu auxílio. Esta grande compaixão de Maria para com nossas misérias a leva a nos socorrer e consolar, mesmo quando não a invocamos. É o que mostrou durante sua vida, nas bodas de Caná. (…) Se Maria é tão pronta em ajudar, mesmo sem ser rogada, quanto mais o será para consolar que a invoca e a chama em seu auxílio?” (“Glórias de Maria”, cap. IV) E acrescenta: “Que seja Jesus Cristo o único Mediador de justiça, a reconciliar-nos com Deus, pelos seus merecimentos, quem o nega? Não obstante isto, compraz-se Deus em conceder-nos suas graças pela intercessão dos santos e especialmente de Maria, sua Mãe, a quem tanto deseja Jesus ver amada e honrada. (…) O que, porém, temos em vistas provar é que esta intercessão é também necessária à nossa salvação. Necessária sim, não absoluta, mas moralmente falando, como deve ser. A origem desta necessidade está na própria Vontade de Deus, o qual pelas mãos de Maria quer que passem todas as graças que nos dispensa. (…) Querendo exaltá-la de um modo extraordinário, determinou por isso o Senhor que por suas mãos hajam de passar e sejam concedidas todas as mercês dispensadas às almas remidas. (…) Não há dúvida, confessamos que Jesus Cristo é o único medianeiro de justiça, porque por seus méritos nos obtém a graça e a salvação. Mas ajuntamos que Maria é medianeira de graças, e como tal pede por nós em nome de Jesus Cristo e tudo nos alcança pelos méritos dele. Assim, pois, a intercessão de Maria, devemos de fato, todas as graças que solicitamos. (…) Assim o demônio envida todos os esforços para acabar com a devoção a Mãe de Deus nas almas. Pois, cortado esse canal de graças, muito fácil lhe torna a conquista.” (Glórias de Maria, cap. V)
Sobre a oração da Ave-Maria e do Santo Rosário, Santo Afonso escreve: “Muito agrada à Santíssima Virgem a saudação angélica. Por ela lhe renovamos a alegria que sentiu quando São Gabriel anunciou que fora eleita para Mãe de Deus. Nessa intensão devemos saudá-la muitas vezes com a Ave-Maria. Saudai-a com a Ave-Maria, diz Tomás de Kempis, porque ela gosta muita dessa saudação. Que não lhe podemos dirigir saudação mais agradável, do que a Ave-Maria, disse-o a Virgem a Santa Matilde. Por ela será também saudado todo aquele que a saúde. São Bernardo, certa ocasião, ouviu de uma estátua da Senhora as palavras: Eu te saúdo, Bernardo! Ora, a saudação de Maria consiste sempre em alguma nova graça, diz Conrado de Saxônia. Pergunta Ricardo: É possível que Maria recuse mais uma graça a quem dela se aproxima e lhe diz: Ave, Maria? A Santa Gertrudes a Mãe de Deus prometeu a Mãe de Deus tantos auxílios na hora de morte, quantas Ave-Maria lhe houvesse recitado em vida. Alano de Rupe afirma que, ao ouvir essa saudação angélica, alegra-se o céu, treme o inferno e foge o demônio. Com efeito, atesta-o Tomás de Kempis, pois com uma Ave-Maria pôs em fuga o demônio que lhe aparecera.” (…) “Atualmente, não há devoção mais praticada pelos fiéis de toda classe, do que esta do Santo Rosário. (…) É assaz notório o bem que trouxe ao mundo esta augusta devoção. Quantos, por meio dela, têm sido livres dos pecados! Quantos conduzidos a uma vida santa! Quantos, depois de uma boa morte, foram por ela salvos! (…) É preciso recitar o terço com devoção, sem esquecer o que a Santíssima Virgem disse a Santa Eulália. Cinco dezenas, disse-lhe a Senhora, recitadas com pausa e devoção, me são mais agradáveis do que quinze, ditas às pressas e com menor devoção. Por isso, é bom recitá-lo de joelhos, diante de uma imagem da Virgem, e fazer no princípio de cada dezena um ato de amor a Jesus e Maria, pedindo-lhe alguma graça. Note-se também que é melhor recitar o Rosário em comum do que só.” (Glórias de Maria, Tratado VI)
Já São Luis Montfort escreve: “Foi preciso que a Santíssima Virgem aparecesse várias vezes a grandes santos muito doutos, para demonstrar-lhes o mérito desta pequena oração, como sucedeu a S. Domingos, a S. João Capistrano, ao bem-aventurado Alano de la Roche. E eles compuseram livros inteiros sobre as maravilhas e a eficácia da Ave-Maria, para conversão das almas. Altamente publicaram e pregaram que a salvação do mundo começou pela Ave-Maria, e a salvação de cada um em particular está ligada a esta prece; que foi esta prece que trouxe à terra seca e árida o fruto da vida, e que é esta mesma prece que deve fazer germinar em nossa alma a palavra de Deus e produzir o fruto de vida, Jesus Cristo (…) Aprendei que a Ave-Maria é a mais bela de todas as orações, depois do Pai-Nosso. É a saudação mais perfeita que podeis fazer a Maria, pois é a saudação que o Altíssimo indicou a um arcanjo, para ganhar o coração da Virgem de Nazaré. E tão poderosas foram aquelas palavras, pelo encanto secreto que contêm, que Maria deu seu pleno consentimento para a Encarnação do Verbo, embora relutasse em sua profunda humildade. É por esta saudação que também vós ganhareis infalivelmente seu coração, contanto que a digais como deveis. A Ave-Maria, rezada com devoção, atenção e modéstia, é, como dizem os santos, o inimigo do demônio, pondo-o logo em fuga, e o martelo que o esmaga; a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o cântico do Novo Testamento, o prazer de Maria e a glória da Santíssima Trindade. A Ave-Maria é um orvalho celeste que torna a alma fecunda; é um beijo casto e amoroso que se dá em Maria, é uma rosa vermelha que se lhe apresenta, é uma pérola preciosa que se lhe oferece, é uma taça de ambrosia e de néctar divino que se lhe dá. Todas estas comparações são de santos ilustres. Rogo-vos instantemente, pelo amor que vos consagro em Jesus e Maria, que não vos contenteis de recitar a coroinha da Santíssima Virgem, mas também o vosso terço, e até, se houver tempo, o vosso rosário, todos os dias, e abençoareis, na hora da morte, o dia e a hora em que me acreditastes; e, depois de ter semeado sob as bênçãos de Jesus e de Maria, colhereis bênçãos eternas no céu.” (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 252-254)
3. O poder do Santo Rosário nas revelações particulares
Em Lourdes (França), onde em 1854 a Santíssima Virgem apareceu à Santa Bernadete, ela trazia nas mãos um Rosário com as contas cor de ouro, e pedia: “Reza pelos pecadores, pelo mundo tão revolto.” Estas aparições foram oficialmente aprovadas pela Santa Igreja.
Em suas aparições de Fátima (Portugal, 1917), também oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, a Santíssima Virgem pediu: “Rezai o terço todos os dias, para alcançar a paz para o Mundo e o fim da guerra.”
Também em suas manifestações em Akita (Japão, 1973), também oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, revelou: “As únicas armas que nos restarão então serão o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho. Rezem cada dia as orações do Rosário. Com o Rosário, rezem pelo Papa, pelos Bispos e pelos sacerdotes. (…) Reze muito as orações do Rosário. Eu sozinha ainda sou capaz de salvar vocês das calamidades que se aproximam. Aqueles que colocarem sua confiança em mim serão salvos.” (13/10/1973)
Também no Brasil falou à Santíssima Virgem em suas aparições em Congonhol-MG (1987-1988), em mensagens com aprovação expressa para divulgação por parte do Bispo Local (o saudoso Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho): “O Rosário que você reza com a comunidade é milagroso. Avisa para colocarem seus pedidos sobre o altar.” (03/08/1987) “Coloque o Terço na mão. Tudo se consegue com o Terço na mão.” (07/09/1987) “Estou inquieta em ver tantos filhos meus que caminham para a perdição. (…) Rezem todos os dias o Rosário para que Jesus tenha compaixão deles e que possam se salvar também.” (23/09/1987)
Já Nosso Senhor, falando à Irmã Amália, religiosa estigmatizada brasileira (Campinas-SP, à partir de 1930), revelou em mensagens com aprovação expressa para divulgação por parte do Bispo local (o saudoso Dom Francisco de Campos Barreto): “Amados filhos que todos os dias repetis com amor a Ave Maria, a saudação à Virgem. (…) Amados filhos, se pudésseis ver como os anjos saúdam Maria no céu; com amor, reverentes e em santa alegria aos seus pés se colocam para cumprir as ordens da Mãe amável. Maria quando recebe veneração e homenagem, imediatamente olha para vós que ainda estais na terra, e diz: “Se todos os meus filhos me louvassem com a Ave-Maria, nenhum deles se perderia!” Porque quem saúda Maria com a Ave-Maria, predispõe o seu coração para receber o derramamento de minhas graças. Maria é cheia de graça, porque foi escolhida para ser minha Mãe, portanto tem nas suas mãos os tesouros do Paraíso, dos quais pode dispor em vosso benefício. Mas se recebeis pouco, quando dizeis a Ave-Maria, é porque rezais sem atenção. Não é a quantidade que agrada a Maria, mas sim a qualidade. (…) Filhos, se pudésseis compreender o valor desta saudação bem rezada! Aproveitai! Não desperdiceis vosso tempo e rezai bem! Se assim fizerdes, na hora da vossa morte estareis repletos de graças, para poderdes entrar na vossa pátria, que é o Paraíso. (…) Na verdade, Ela tudo pode, porque tem nas suas mãos os tesouros de meu Coração, e é a distribuidora de meus dons divinos. Se alguém desejar receber prontamente, peça-me por Maria, porque é por meio dela que dou em abundância meus tesouros. Foi por meio de Maria, que desci ao mundo e vos abri as portas do Paraíso. É por Maria que dou às almas de boa vontade o que me pedem. Vinde, porque Ela vos conduzirá a Mim! Amados filhos, animo-vos a rezar bem a oração angélica, que poderia se chamar saudação divina, porque toda ela foi ditada pelo nosso amor. Vinde a Ela com confiança e amor, por meio desta belíssima oração, composta pela Trindade, para saudar a nossa amada, Maria. Rezai com amor, alegria e com confiança filial a oração angélica. Tereis o meu Amor nos vossos corações.” (19/08/1931)
4. Como rezar o Santo Rosário
Expomos, abaixo, a forma como o Rosário é tradicionalmente rezado.
No início, reza-se:
Sinal da Cruz
“Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos, Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.”
Creio
“Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, em Jesus Cristo, Seu único Filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.”
Pai Nosso
“Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso Nome; venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal. Amém.”
Ave Maria (três vezes, em honra a cada uma das Pessoas da Santíssima Trindade)
“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso Ventre Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.”
Glória ao Pai
“Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.”
Oração ensinada pela Santíssima Virgem em Fátima
“Oh meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai todas as almas para o Céu; e socorrei principalmente as que mais precisarem.”
Em cada dezena, contempla-se o mistério correspondente e reza-se um Pai-Nosso, dez Ave-Maria, um Glória e a oração de Fátima.
Os mistérios a serem contemplados são os Mistérios Gozosos, Gloriosos, Luminosos e Gloriosos. Se é rezado apenas um “terço” do Rosário, reza-se os Mistérios correspondentes ao dia (após serem recentemente acrescentados os Mistérios Luminosos, o “terço” tornou-se a Quarta parte do Rosário).
Primeiro terço: Mistérios Gozosos
(Segundas e Sábados)
1o. Mistério: Anunciação do Arcanjo Gabriel à Santíssima Virgem e o Mistério da Encarnação
2o. Mistério: Visita da Santíssima Virgem a sua prima Santa Isabel
3o. Mistério: Nascimento do Menino Jesus na pobre gruta de Belém
4o. Mistério: Apresentação do Menino Jesus no Templo
5o. Mistério: Jesus é perdido e encontrado no Templo
Segundo terço: Mistérios Dolorosos
(Terças e Sextas)
1o. Mistério: Sofrimento de Nosso Senhor no Horto das Oliveiras
2o. Mistério: Flagelação de Nosso Senhor
3o. Mistério: Nosso Senhor coroado de espinhos
4o. Mistério: Nosso Senhor carregando a Cruz 5o. Mistério: Crucificação de Nosso Senhor
5o Mistério: Crucificação de Jesus – Pai Nosso, dez Ave Maria, Glória ao Pai, jaculatória de Fátima
Terceiro terço: Mistérios Luminosos
(Quintas)
1o Mistério: Batismo de Nosso Senhor no Rio Jordão
2o Mistério: Nosso Senhor realiza seu primeiro milagre pela intercessão da Santíssima Virgem
3o Mistério: Nosso Senhor anuncia o Reino de Deus e chama à conversão
4o Mistério: Transfiguração de Nosso Senhor no Monte Tabor
5o Mistério: Nosso Senhor institui o Santíssima Sacramento
Quarto Terço: Mistérios Gloriosos
(Quartas e Domingos)
1o. Mistério: Gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor
2o Mistério: Gloriosa Ascensão de Nosso Senhor
3o Mistério: Vinda do Espírito Santo sobre a Santíssima Virgem e os Santos Apóstolos em Pentecostes
4o Mistério: Gloriosa Assunção da Santíssima Virgem
5o Mistério: Gloriosa Coroação da Santíssima Virgem como Rainha do Céu e da Terra
Ao final do Rosário, reza-se:
Salve Rainha
“Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, Vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre virgem Maria! Rogai por nós, Santa Mãe de Deus. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.”
5. Conclusão
Diante de tudo isso, fica claro que o Santo Rosário, sendo uma oração essencialmente cristológica, como afirma o saudoso Papa João Paulo II, é ao mesmo tempo uma das mais tradicionais formas de devoção à Santíssima Virgem que a Santa Igreja conhece.
São Luis Montfort assim recomenda que ofereçamos a oração do Rosário: “Uno-me a vós, meu Jesus, para louvar dignamente vossa Santa Mãe, e louvar-vos a vós, Nela e por Ela.” Se rezarmos o Rosário nesta intenção, ao mesmo tempo que entregamos em oração os nossos pedidos particulares, não resta dúvidas de que estaremos agradando o céu, e recebendo muitas e muitas graças, para nós e para aqueles por quem nós orarmos!
Eu escolho rezar o Santo Rosário. E você, caríssimo leitor?

Fonte: www.reinodavirgem.com.br

Os Milagres Inéditos de Padre Pio, o Santo dos Estigmas



Madri, terça-feira, 2 de novembro de 2010 (ZENIT.org).- Foi publicado na Espanha o livro “Padre Pio. Os milagres desconhecidos do santo dos estigmas” (Editora LibrosLibres, em tradução livre). O livro traz testemunhos de conversões e curas atribuídas ao santo e reunidas pelo autor, José Maria Zavala.
“Nunca tinha sentido tanta vontade de compartilhar uma experiência como aconteceu com esta, que me marcou para a vida inteira”, reconhece o autor nesta entrevista concedida a Zenit, lembrando que a canonização de Pio de Pietrelcina (1887-1968), em 2002, bateu todos os recordes de fiéis da história do Vaticano.
ZENIT: Como é lembrado o Padre Pio no convento de San Giovanni Rotondo, onde passou quase toda a sua vida?
José María Zavala: Com um carinho imenso. Há fiéis que continuam sentindo o perfume intenso dos seus estigmas como o melhor sinal de que ele nunca os abandona, essa mesma fragrância que já deixou gelado mais de um incrédulo.
ZENIT: Muitas pessoas que o conheceram de perto ainda vivem?
José María Zavala: Poucas, mas tive a grande sorte de entrevistá-las. Como a Irmã Consolata, uma freira de clausura com 95 anos que me recebeu no convento e me relatou episódios inesquecíveis e desconhecidos. Nunca lhe serei grato o suficiente. Nem a ela nem a Piepero Galeone, sacerdote octogenário com fama de santo, a quem o Padre Pio curou milagrosamente depois da Segunda Guerra Mundial. Ou a Paolo Covino, o capuchinho que administrou a Unção dos Enfermos ao Padre Pio. Todos eles romperam pela primeira vez seu silêncio para falar do Padre Pio neste livro.
ZENIT: Eles expressam alguma ideia comum?
José María Zavala: Todos coincidem em que ele fez o mesmo que Jesus na terra: converteu os pecadores, curou os doentes, consolou os aflitos… carregou com a cruz durante toda a sua vida para redimir os homens do pecado. O Padre Pio sabia muito bem que sem sacrifício pessoal era impossível ganhar almas para o Senhor.
ZENIT: Quem foi o Padre Pio?
José María Zavala: Um grande presente que Deus fez aos homens em pleno século XX para que continuem acreditando nEle. É impossível aproximar-se com simplicidade e sem preconceitos de sua figura e permanecer insensível. Conheço muita gente cuja fé estava morta por falta de obras e que, por intercessão do Padre Pio, agora está muito perto de Deus, reza e é feliz fazendo felizes aos outros.
ZENIT: Existe uma relação entre suas horas no confessionário e os estigmas?
José María Zavala: “Tudo é um jogo de amor”, ele dizia. De Amor, com maiúscula, pelo próximo; ele sabia muito bem que o melhor se compra pelo preço de um grande sacrifício. O padre Pio viveu “crucificado” durante cinquenta anos com estigmas nas mãos, nos pés e no lado, que sangravam diariamente. Semelhante sofrimento moral e físico era um meio infalível para libertar muitas almas dos laços de Satanás. Por isso mesmo ele passava, às vezes, dezoito horas seguidas no confessionário.
ZENIT: Como um novo Cura d’Ars…
José María Zavala: Nisto reside a grandeza desse homem de Deus. San Giovanni Rotondo, onde viveu e morreu é, ainda hoje, um verdadeiro caminho de Damasco, pelo qual milhares de pecadores retornam ao Senhor. É o primeiro sacerdote estigmatizado na História da Igreja e com alguns carismas que o tornam muito especial, desde a bi-locação até o exame de corações que lhe permitia ler a alma dos penitentes.
ZENIT: “Farei mais barulho morto que vivo”, comentou Padre Pio um dia. O que quis dizer?
José María Zavala: Teríamos de perguntar às centenas de pessoas no mundo todo que, por intercessão dele, continuam se convertendo hoje e/ou se curando milagrosamente de uma doença mortal. Muitos deles contribuem com  testemunhos impressionantes neste libro. Podemos afirmar que o Padre Pio continua atuando hoje, do céu, mais prodígios que quando estava na terra.
ZENIT: O senhor recolhe algumas conversões marcantes…
José María Zavala: Gianna Vinci me relatou em Roma um desse milagres que deixam qualquer um boquiaberto. Em certa ocasião, uma mulher, doente de câncer, pediu a seu marido, agnóstico, que a levasse a San Giovanni Rotondo, pois tinha ouvido que o Padre Pio fazia milagres. O homem impôs uma condição: esperaria fora da igreja. Então a mãe entrou sozinha com o filho de dez anos. Gianna Vinci estava ali e viu tudo. A mulher ajoelhou-se no confessionário do Padre Pio enquanto este indicava ao menino que avisasse seu pai. O pequeno obedeceu: “Papai, o Padre Pio está te chamando”, disse na porta. Mas o menino… era surdo mudo! Emocionado, o pai acabou se confessando e sua esposa ficou curada do câncer naquele mesmo instante.
ZENIT: Qual é o segredo da popularidade deste santo?
José María Zavala: O amor pelos demais, insisto. O Padre Pio continua recolhendo hoje os frutos de sua semeadura do céu. Na Itália, pude sentir o grande carinho que as pessoas professam por este santo. Ao voltar a Madri, enquanto despachava a bagagem no aeroporto, um policial começou a colocar dificuldades mas quando viu o retrato do Padre Pio que eu levava para um amigo, me deixou passar com um sorriso: “Que passaporte!”, pensei.
ZENIT: E fora da Itália, o Padre Pio vai sendo mais conhecido?
José María Zavala: Espero que este livro sirva para torná-lo mais conhecido na Espanha, onde já fez alguns milagres. Na Argentina, México, Chile e Filipinas ele conta cada vez com mais devotos.
ZENIT: O que significa este livro no conjunto da sua bibliografia?
José María Zavala: É, sem dúvida, minha obra mais importante.  Nunca tinha sentido tanta vontade de compartilhar uma experiência como aconteceu com esta, que me marcou para a vida inteira. Dizem que quando o Padre Pio levanta uma alma, não a deixa cair mais. Pois comprovei isso na minha própria pele. Convido todo aquele que queira, por mais cético que seja, a conhecer a este homem de Deus. Lhe asseguro que não permanecerá indiferente.
Mais informações em www.libroslibres.com

Camisetas para o Grupo







Frase de Hoje

"Recitemos sempre o Santo Rosário." (Santo Padre Pio de Pietrelcina)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Ser Santo: o Processo de Canonização


Crucificação de São Pedro 
Credo in Deum Patrem omnipotentem, Creatorem caeli et terrae,
et in Iesum Christum, Filium Eius unicum, Dominum nostrum,
qui conceptus est de Spiritu Sancto, natus ex Maria Virgine,
passus sub Pontio Pilato, crucifixus, mortuus, et sepultus,
descendit ad ínferos, tertia die resurrexit a mortuis,
ascendit ad caelos, sedet ad dexteram Dei Patris omnipotentis,
inde venturus est iudicare vivos et mortuos.
Credo in Spiritum Sanctum,
sanctam Ecclesiam catholicam, sanctorum communionem,
remissionem peccatorum,
carnis resurrectionem,
vitam aeternam.
Amen.

Inicialmente, os cristãos veneravam os mártires que morriam na arena.
Eles eram sepultados nas catacumbas de Roma, e cultuados como santos por sua morte heróica, testemunhando a divindade de Cristo. Suas relíquias realizavam inúmeros milagres. Daí, sua proclamação como santos.
Este costume continuou por muitos séculos.
Depois, pelo século XI, para evitar abusos, a Igreja começou a instituir um processo a fim de examinar a vida e os escritos (a doutrina) daqueles que a opinião geral chamava de santos. Começou assim o chamado Processo de Canonização, que se tornou um instrumento jurídico dos mais perfeitos jamais realizados.O Processo de Canonização começava pelo chamado processo de NÃO-CULTO.
Por esse processo, primeiro verificava-se se o candidato à canonização como santo fora cultado sem licença da Igreja. Isso era muito importante, porque impedia que interesses familiares ou de grupos, por meio de propaganda , impingissem à Igreja um pseudo santo.
As estapas no processo de canonização se dão na seguinte maneira,nesta ordem de reconhecimento:
  1. Servo de Deus (refere-se a uma pessoa cujo processo de canonização foi oficialmente aberto)
  2. Venerável (O conceito assenta diretamente sobre o adjectivo “venerável“, derivado do substantivo latino veneratio, que significa respeito e culto e portanto digno de reverência e veneração)
  3. Beato (é o reconhecimento feito pela Igreja de que a pessoa a quem é atribuída se encontra no Paraíso, em estado de beatitude, e pode interceder por aqueles que lhe recorrem em oração.)
  4. Santo (são santos todos aqueles que foram convertidos e salvos por Jesus Cristo)
A Congregação para as Causas dos Santos (em latim Congregatio de Causis Sanctorum) é uma prefeitura da Cúria Romana(orgão administrativo da Santa Sé) que processa o complexo trâmite que leva à canonização dos santos, passando pela declaração das virtudes heroicas (reconhecimento do estatuto de venerável) e pela beatificação. Depois de elaborado um processo, incluindo a constatação canônica dos milagres, o caso é apresentado ao papa, que decide se proceder ou não à beatificação ou canonização.
Seu nome anterior era Sagrada Congregação dos Ritos, fundada pelo Papa Sixto V em 22 de janeiro de 1588 com a bula papal Immensa Æterni Dei, que tratava tanto da regulação do culto divino como das causas dos santos. Em 8 de maio de 1969, o Papa Paulo VI emitiu a Constituição Apostólica Sacra Rituum Congregatio, dividindo a congregação em duas, uma passando a ser a Congregação para o Culto Divino e outra para as causas dos santos.
Com as profundas mudanças no processo de canonização introduzidas pelo Papa João Paulo II em 1983, o Colégio de Relatores foi criado para preparar as causas dos declarados Servos de Deus.
Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa Sé torna público a instrução “Sanctorum Mater” da Congregação para a Causa dos Santos sobre as normas que regulam o início das causas de beatificação juntamente com o “Index ac status causarum”.
São Domingos Sávio
São Domingos Sávio
A Constituição Apostólica Divinus perfectionis Magister (1983), de João Paulo II, estabeleceu de uma vez as normas para a instrução das causas de canonização e para o trabalho da Congregação para as Causas dos Santos. Nela é afirmado: “A Sé Apostólica, (…) propõe homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evangélicas para que sejam venerados e invocados, declarando-os Santos e Santas em ato solene de canonização, depois de ter realizado as oportunas investigações.”
Em 18 de fevereiro de 2008 a Santa Sé torna público a instrução “Sanctorum Mater” (1983)da Congregação para a Causa dos Santos sobre as normas que regulam o início das causas de beatificação juntamente com o “Index ac status causarum“.
A Instrução se divide em seis partes:
  • Primeira: diz da necessidade de uma autêntica fama de santidade para se dar início ao processo e se explicam as figuras e tarefas do autor do postulador e do bispo competente para a causa.
  • Segunda: nela é descrita a fase preliminar da causa que chega até à concessão do “nulla osta” da Congregação para as Causas dos Santos.
  • Terceira: diz da celebração da causa.
  • Quarta: trata das modalidades para se recolher as provas documentais.
  • Quinta: cuida das provas testemunhais e na
  • Sexta: são indicados os procedimentos para os atos conclusivos da instrução diocesana.
Segundo a Constituição Divinus perfectionis Magister e a instrução Sanctorum Mater, ao bispo diocesano ou autoridade da hierarquia a ele equiparada, de iniciativa própria ou a pedido de fiéis, é a quem compete investigar sobre a vida, virtudes ou martírio e fama de santidade e milagres atribuídos e, se considerar necessário, a antiguidade do culto da pessoa cuja canonização é pedida. Nesta fase a pessoa investigada recebe o tratamento de “Servo de Deus” se é admitido o início do processo.
cristãos no coliseu
cristãos no coliseu
Haverá um postulador que deverá recolher informações pormenorizadas sobre a vida do Servo de Deus e informar-se sobre as razões que pareceriam favorecer a promoção da causa da canonização. Os escritos que tenham sido publicados devem ser examinados por teólogos censores, nada havendo neles contra a fé e aos bons costumes, passa-se ao exame dos escritos inéditos e de todos os documentos que de alguma forma se refiram à causa. Se ainda assim o bispo considerar que se pode ir em frente, providenciará o interrogatório das testemunhas apresentadas pelo postulador e de outras que achar necessário.
Em separado se faz o exame do eventual martírio e o das virtudes, que o servo de Deus deverá ter praticado em grau heróico (fé, esperança e caridade; prudência, temperança, justiça, fortaleza e outras) e o exame dos milagres a ele atribuídos. Concluídos estes trabalhos tudo é enviado a Roma para a Sagrada Congregação da Causa dos Santos.
Para tratar das causas dos santos existem, na Congregação para a Causa dos Santos, consultores procedentes de diversas nações, uns peritos em história e outros em teologia, sobretudo espiritual, há também um Conselho de médicos. Reconhecida a prática das virtudes em grau heróico o decreto que o faz declara o Servo de Deus “Venerável“.
Havendo apresentação de milagre este é examinado numa reunião de peritos e se se trata de curas pelo Conselho de médicos, depois é submetido a um Congresso especial de teólogos e por fim à Congregação dos cardeais e bispos. O parecer final destes é comunicado ao Papa, a quem compete o direito de decretar o culto público eclesiástico que se há de tributar aos Servos de Deus. A Beatificação portanto, só pode ocorrer após o decreto das virtudes heróicas e da verificação de um milagre atribuído à intercessão daquele Venerável.
momento de martirio
momento de martírio
O milagre deve ser uma cura inexplicável à luz da ciência e da medicina, consultando inclusive médicos ou cientistas de outras religiões e ateus. Deve ser uma cura perfeita, duradoura e que ocorra rapidamente, em geral de um a dois dias. Comprovado o milagre é expedido um decreto, a partir do qual pode ser marcada a cerimônia de beatificação, que pode ser presidida pelo Papa ou por algum bispo ou cardeal delegado por ele.
Caso a pessoa em causa já tenha o estatuto de beato e seja comprovado mais um milagre pela Igreja, em missa solene o Santo Padre ou um Cardeal por ele delegado declarará aquela pessoa como Santa e digna de ser levada aos altares e receber a mesma veneração em todo o mundo, concluindo assim o processo de Canonização.
DECLARAÇÃO DAS VIRTUDES HERÓICAS
Virtudes heróicas, é a designação canónica dada ao conjunto de requisitos de exemplaridade de vida que devem ser demonstrados para que se inicie o processo formal de canonização na Igreja Católica Romana. A demonstração da existência de virtude heróica é feita pela análise, post mortem(após a morte), do comportamento e percurso de vida do candidato à santidade, tendo de ficar claro, e para além de qualquer dúvida, que em vida a conduta do candidato se pautou pela prática para além do comum das virtudes teologais e das virtudes cardeais.
VIRTUDES CARDEAIS
Segundo a Doutrina da Igreja Católica, elas “são perfeições habituais e estáveis da inteligência e da vontade humanas, que regulam os nossos actos, ordenam as nossas paixões e guiam a nossa conduta segundo a razão e a fé. Adquiridas e reforçadas por actos moralmente bons e repetidos, são purificadas e elevadas pela graça divina“.As virtudes cardeais são quatro:
  • a prudência, que “dispõe a razão para discernir em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para o atingir. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra e a medida“, sendo por isso considerada a virtude-mãe humana.
  • a justiça, que é uma constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido;
  • a fortaleza (ou Força) que assegura a firmeza nas dificuldades e a constância na procura do bem;
  • e a temperança (ou Moderação) que “modera a atracção dos prazeres, assegura o domínio da vontade sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados“, sendo por isso descrita como sendo a prudência aplicada aos prazeres.
Iustitia
(Justiça)
Fortitudo
(Fortaleza)
Sapientia
(Prudência)
Temperantia
(Temperança)
Iustitia Papstgrab Bamberg aus Gottfried Henschen u Daniel Papebroch 1747.jpg
Fortitudo Papstgrab Bamberg aus Gottfried Henschen u Daniel Papebroch 1747.jpg
Sapientia Papstgrab Bamberg aus Gottfried Henschen u Daniel Papebroch 1747.jpg
Temperantia Papstgrab Bamberg aus Gottfried Henschen u Daniel Papebroch 1747.jpg

 

 VIRTUDES TEOLOGAIS
Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, as virtudes teologais “têm como origem, motivo e objecto imediato o próprio Deus. São infundidas no homem com a graça santificante, tornam-nos capazes de viver em relação com a Trindade e fundamentam e animam o agir moral do cristão, vivificando as virtudes humanas. Elas são o penhor da presença e da acção do Espírito Santo nas faculdades do ser humano“.
No excerto bíblico 1ª Coríntios 13:13, apresenta-nos a seguinte citação: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. Num outro excerto bíblico “Gálatas 5:6″, cita o seguinte: “a Fé actua pelo amor“.
As virtudes teologais existem como complemento às virtudes cardeais e são três:
  • : através dela, os cristãos crêem em Deus, nas suas verdades reveladas e nos ensinamentos da Igreja, visto que Deus é a própria Verdade. Pela fé, “o homem entrega-se a Deus livremente. Por isso, o crente procura conhecer e fazer a vontade de Deus, porque «a fé opera pela São Pio da Pieltrecinacaridade» (Gal 5,6)“.
  • Esperança: por meio dela, os crentes, por ajuda da graça do Espírito Santo, esperam a vida eterna e o Reino de Deus, colocando a sua confiança perseverante nas promessas de Cristo.
  • Caridade (ou amor): por meio dela, “amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus. Jesus faz dela o mandamento novo, a plenitude da lei“. Para os crentes, a caridade é «o vínculo da perfeição» (Col 3,14), logo a mais importante e o fundamento das virtudes. O Amor é também visto como uma “dádiva de si mesmo” e “o oposto de usar“.
O Vaticano divulgou em 19/03/2008 novas diretrizes sobre os processos de canonização, tentando esclarecer e aperfeiçoar o veículo por meio do qual a Igreja Católica escolhe seus santos.
As instruções, dirigidas aos bispos, tratam desde o modo de identificar os possíveis milagres até detalhes mais mundanos e burocráticos, como o uso de computadores e de aparelhos de gravação para arquivar testemunhos sobre a vida de um candidato a santo.
- Estamos atualizando isso – disse o cardeal José Saraiva Martins, que comanda o órgão do Vaticano encarregado das canonizações – um processo complicado que, algumas vezes, pode se estender por séculos.
Segundo o Vaticano, as instruções esclarecem regras antigas e visam a eliminar alguns pontos considerados confusos em nível regional, onde os bispos dão início ao que se chama de “causas”, o processo de canonização assumido pela Santa Sé em um estágio posterior.
LISTA DE PAPAS CANONIZADOS
001 São Pedro – (3067)
002 São Lino – (6776)
003 Santo Anacleto I (Cleto)- (7688)
004 São Clemente I – (88? – 97?)
005 Santo Evaristo – (97? – 105?)
006 Santo Alexandre I – (105? – 115)
007 São Sisto I – (115? – 125?)
008 São Telésforo – (125? – 136?)
009 Santo Higino – (136? – 140?)
010 São Pio I – (140? – 155?)
011 Santo Aniceto – (155? – 166?)
012 São Sotero – (166175?)
013 Santo Eleutério – (175189?)
014 São Vítor I – (189? – 199?)
015 São Zeferino – (199? – 217)
016 São Calisto I – (217? – 222?)
017 Santo Urbano I – (222? – 230?)
018 São Ponciano – (230? – 235?)
019 Santo Antero – (235? – 236?)
020 São Fabiano – (236? – 250?)
021 São Cornélio – (251? – 253?)
022 São Lúcio I – (253? – 254?)
023 Santo Estêvão I – (254? – 257?)
024 São Sisto II – (257? – 258?)
025 São Dionísio – (260? – 268?)
026 São Félix I – (269? – 274?)
027 Santo Eutiquiano – (275? – 283?)
028 São Caio – (283? – 296?)
029 São Marcelino – (296? – 304?)
030 São Marcelo I – (308? – 309?)
031 Santo Eusébio – (309? – 310?)
032 São Melquíades – (311314)
033 São Silvestre I – (314? – 335?) –
034 São Marcos – (335? – 336?)
035 São Júlio I – (337? – 352)
037 São Dâmaso I – (366383)
038 São Sirício – (384399)
039 Santo Anastácio I – (399401)
040 Santo Inocêncio I – (401417)
041 São Zósimo – (417418)
042 São Bonifácio I – (418422)
043 São Celestino I – (422432)
044 São Sisto III – (432440)
045 São Leão I, Magno – (440461)
046 Santo Hilário – (461468)
047 São Simplício – (468483)
048 São Félix II – (483492)
049 São Gelásio I – (492496)
051 São Símaco – (498514)
052 Santo Hormisda – (514523)
053 São João I – (523526)
054 São Félix III – (526530)
055 São Bonifácio II – (530532)
056 São João II – (533535)
057 Santo Agapito – (535536)
058 São Silvério – (536537)
061 São Júlio III – (561574)
062 São Bento I – (575579)
064 São Gregório I, o Grande – (590604) O.S.B.
067 São Bonifácio IV – (608615) O.S.B.
068 Santo Adeodato I – (615618)
074 São Martinho I – (649655)
075 Santo Eugênio I – (654657)
076 São Vitaliano – (657672)
079 Santo Agatão – (678681)
080 São Leão II – (682683)
081 São Bento II – (684685)
084 São Sérgio I – (687701)
090 Sçao Gregório III – (731741)
091 São Zacarias – (741752)
092 Santo Estevão II – (752)
094 São Paulo I – (757767)
097 São Leão III – (795816)
099 São Pascoal I – (817824)
104 São Leão IV – (847855) O.S.B.
110 Santo Adriano III – (884885)
153 São Leão IX – (10491054)
158 São Gregório VII – (10731085) O.S.B.
193 São Celestino V – (1294) O.S.B.
226 São Pio V – (15661572) O.P.
258 São Pio X – (19031914) O.F.S.

Papas beatificados

159 Beato Vitor III – (10861087) O.S.B.
160 Beato Urbano II – (10881099) O.S.B.
168 Beato Eugênio III – (11451153) O.Cist.
185 Beato Gregório X – (12711276) O.Cist.
186 Beato Inocêncio V – (1276) O.P.
195 Beato Bento XI – (13031304) O.P.
201 Beato Urbano V – (13621370) O.S.B.
241 Beato Inocêncio XI – (16761689)
256 Beato Pio IX – (18461878) O.F.S.
262 Beato João XXIII – (19581963) O.F.S.

 Papas declarados Veneráveis

261 Servo de Deus Papa Pio XII – (19391958) O.P.
265 Servo de Deus Papa João Paulo II – (1978-2005)

Papas declarados Servos de Deus

263 Servo de Deus Papa Paulo VI – (19631978) O.F.S.
264 Servo de Deus Papa João Paulo I – (1978)