"ORAÇÃO A SÃO PIO DE PIETRELCINA (PADRE PIO) Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de vosso Filho, por sua intercessão, dai-me a graça... que tanto desejo; e sobretudo concedei-me unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressurreição. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai." ”

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

RESUMO DA HISTÓRIA DA VIDA DE PADRE PIO - PARTE XVII




*** Chamado a Co-redenção ***


A vida do padre Pio está tão cheia de acontecimentos extraordinários que é necessário buscar as causas deles em sua vida íntima. Quem é chamado a servir 
na missão redentora de Jesus Cristo tem que sofrer muito moral e fisicamente. Estes Sofrimentos o purificam e elevam cada vez mais no amor de Deus. Em uma carta escrita pelo padre em 1913 dizia: ”O Senhor me faz ver como em um espelho, que toda minha vida será um martírio”. 

Desde que ingressou a vida religiosa até que recebeu os estigmas, a vida do padre Pio foi uma Via Crucis. Em 1912 escreve: “Sofro, sofro muito, mas não desejo nada para que minha cruz seja aliviada, porque sofrer com Jesus é muito agradável”. A uma filha espiritual lhe disse um dia: ”O Sofrimento é meu pão de cada dia. Sofro quando não sofro. As cruzes são as jóias do Esposo, e delas sou zeloso.”

*** Uma casa para o alívio do Sofrimento físico ***


“Estava doente e vieste me visitar” (Mt 25,36)

O verdadeiro seguidor de Jesus Cristo tem uma particular sensibilidade para todo o sofrimento dos irmãos, em especial, dos enfermos. Lembrar-se das curas operadas por Jesus e na recompensa prometida. Devemos lembrar as fundações das ordens hospitalares e da construção dos hospitais, quase todos nascidos da obra piedosa.

Pelo espírito sensível de Padre Pio, havia motivos muito fortes que alimentavam essa sensibilidade; no seu coração já trazia cada necessidade dos irmãos. Havia uma experiência pessoal, o contínuo contato com as pessoas que, pessoalmente ou através de carta, lhe contavam todos os males e pediam sua ajuda. Pode-se dizer que Padre Pio sempre foi enfermo. Fortemente provado pelo sofrimento na própria carne, era bastante sensível aos males daqueles que continuamente o procuravam. O Padre tinha tanta compaixão pelos enfermos que se ocupava de todos os males. Mas não era possível colher a dor da humanidade. Mas é possível dar-lhe alívio. Padre Pio pensava, desde 1922, encorajado pela oferta que recebera com o seguinte objetivo: “para fazer o bem”. Mas, foi nos anos quarenta que seus desejos ganharam as primeiras formas reais e concretas. Três filhos espirituais, tiveram imensa atuação nos projetos de Padre Pio. Tal era o afeto que dedicavam ao Padre, que desde então passaram a viver próximo a ele. São eles: O farmacêutico Carlo Kisvarday, de Zara; O médico Guglielmo Sanguinetti, de Parma; O agrônomo Mario Sanvico, de Perugia. Rapidamente impulsionaram as obras do grande projeto. Em 9 de janeiro de 1940, o sonho começava a se concretizar, que haveria de ser continuada e crescer mesmo depois de sua morte. Então, eles, seus filhos espirituais, lhe asseguraram que, próximo à igrejinha delle Grazie, seria levantado um grande hospital.

Assim que a notícia foi publicada começaram a chegar ofertas de todas as partes: Da pequena oferta, comparável ao óbolo das fieis, à ricas ofertas que dispunham os grandes meios financeiros. É muito provável que o Senhor houvesse antecipado a obra através de uma visão. Não era de seu desejo que se falasse em hospital ou de clínica; uma casa familiar, que recorda o lar doméstico. E o propósito: Dar alívio a quem sofre, um alívio direto, antes de tudo, às almas e depois aos corpos. Era realmente uma obra de Deus e da caridade humana, sendo possível graças às ofertas que chegaram de todo o mundo.

Padre Pio também deixou claro a este respeito: “Esta casa é, antes de tudo, aos doentes carentes”. Mas desejava que todos fossem tratados igualmente, com caridade fraterna. Aqui o enfermo poderia se sentir um irmão sendo cuidado pelos irmãos. Em 5 de maio de 1956, somente depois de dez anos do início das obras, aconteceu a inauguração solene daquela tamanha obra caridosa. Com equipamentos moderníssimos, tornou-se um dos melhores hospitais da Europa, sem perder de vista aquela sua característica de casa de acolhimento fraterna.

A realização daquela incrível obra profundamente humana e ao mesmo tempo divina aconteceu durante anos de imensos martírios; foi realizada justamente durante aquele segundo período de perseguição (1952-1962) e que apesar da dor, é preciso comentar.

Precisamente, Padre Pio sempre repetia: “obra da Divina Providência”. Não foi à toa que São Paulo escreveu a Timóteo: “Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer perseguição (2Tm 3,12)”.

É bom lembrar que o ambiente fervoroso no meio do povo guardava também elementos de fanatismo. Nesse período houve um rápida troca de superiores no convento e na província de Foggia e transferência de freis de uma província a outra. Todos supostamente sob ordens. Depois começaram os procedimentos contra ele.

Se contra religiosos e sacerdotes foram tomados procedimentos injustos, contra Padre Pio se passou a controlar suas conversas privadas. E pior ainda: foi imposto ao padre Pio de celebrar a Missa em trinta ou quarenta minutos no máximo. Isso foi o cúmulo da incompreensão daquilo que era a Missa de Padre Pio, como nos primeiros anos, quando celebrava em Pietrelcina, levando até quatro horas. O Papa Paulo VI providenciou a plena liberdade a Padre Pio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário