*** Seu inimigo Volta a atacar ***
Padre Pio foi bastante amado, mas sabia bem que
os verdadeiros inimigos eram os demônios; inimigos do padre e inimigos de
qualquer ser humano. No mundo globalizado de hoje, muitos não acreditam, que esses espíritos agem
ocultamente. É uma realidade terrível que São Paulo exprime assim: “Revesti-vos
da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não
é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados
e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal (espalhadas) no ares” (Ef 6,11-12). A indicação que São
Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua
ordem de classificação. Esta talvez tenha sido uma das missões de Padre Pio:
Uma luta evidente, para ele visível, contra o verdadeiro e oculto inimigo; o
terrível inimigo de todos.
Para tentar desviar Padre Pio da missão que Deus lhe tinha confiado, o demônio
lhe aparecia algumas vezes em forma de um cão negro feroz e selvagem, ou de animais
repugnantes: era clara a intenção de incutir o terror. Outras vezes aparecia na
forma de jovens moças nuas e provocativas, que dançavam de modo obsceno; era
clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na sua castidade.
Mas o maior perigo era quando o demônio tentava enganar Padre Pio aparecendo de
forma sacra (o Senhor, a Virgem, o anjo da guarda, São Francisco,…),
principalmente na forma de pessoas as quais era submisso (o superior da casa, o
superior provincial, seu diretor espiritual…). Para este último caso Padre Pio
havia preparado um método de discernimento que depois sugeriu a alguns de seus
filhos espirituais e que encontramos já em Santa Teresa d’Ávila, mesmo que
Padre Pio não tenha lido os escritos da santa carmelita. O que fazer para distinguir?
Quando aparecia verdadeiramente o Senhor, a Virgem, o anjo da guarda, o padre
havia notado que uma rápida sensação de temor, de espanto; mas depois,
terminada a aparição sentia uma grande paz. Quando, ao contrário, era o maligno
que se apresentava em uma aparência sacra, o padre sentia uma alegria imediata,
atrativa; mas depois ele tinha a impressão amarga, uma grande sensação de
tristeza. Talvez possamos dizer com certeza que a maior luta de Padre Pio com o
demônio acontecia quando procurava salvar as almas, seja na confissão, seja
quando rezava por todos os seus filhos.
Na luta contra a ação extraordinária do demônio, Padre Pio tinha um particular
poder e um particular discernimento, como vemos em tantos santos e santas, por
serem exorcistas e não como faziam o exorcismo. Muitas vezes encontrou pessoas
possessas pelo demônio e o comportamento do padre variava de caso a caso. Padre
Pio sempre obedeceu às autoridades eclesiásticas, também a custo de um heróico
sofrimento, sempre com estima e amor. A luta de toda a sua vida foi
ininterruptamente conduzida contra o inimigo de Deus de das almas, o demônio.
Ele viu o demônio em múltiplas formas e levou dele muitas pancadas, por terem
sido permitidas para recordar ao mundo incrédulo de hoje sobre essa presença
diabólica. Os fatos externos, visíveis e dolorosos de Padre Pio dão uma pequena
idéia dos acontecimentos ocultados, da gravidade do pecado, contra tudo aquilo
que devemos lutar. Seu dia a dia se desenrolava com o ritmo monótono e árduo de
sempre. As várias proibições não atingiram o movimento dos fiéis, que
encontravam em Padre Pio um confessor, um padre educador, aquele que sabia
corrigir as vidas desencaminhadas e levá-las a Deus. Não era percebido o seu
sofrimento, mesmo que estivesse continuamente batendo. Os tempos tenebrosos não
fizeram Padre Pio perder o afetuoso contato com os seus filhos espirituais e
nem o bom senso de humor, que se manifestava sempre nos momentos de recreação
com os confrades, aos quais se juntavam também alguns de seus filhos
espirituais mais ativos.
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