*** A Oração como oxigênio para a alma ***
É famosa sua auto-definição, que refletia o
aspecto mais profundo da vida de Padre Pio: A sua incessante oração. Jesus
advertia para rezar sempre, sem cessar jamais (Lc 18,1) e São Paulo repete para rezar sem interrupções (Tm 5,17). Na prática, seguido o ensinamento dos
santos e do Mestre da alma, devemos nos esforçar para transformar em oração
todas as ações do dia a dia, sabendo que isso só é possível se dedicarmos um
tempo exclusivo à oração. Mas para Padre Pio não era assim. Primeiro porque
dormia muito pouco e comia pouquíssimo. Na pré-adolescência já era habituado à
intensidade de oração, que foi transformada por ele em uma necessidade vital e
permanente.
Gostava de repetir: “Nos livros se busca a Deus, na oração se encontra”. Na sua
oração também era uma alternância de sentimentos contraditórios; não era certo
o repouso: “Rezo para que nenhum raio de luz caia do céu”. Eram momentos quase
que contínuos de batalha interior; quando rezava parecia não ver nada ( entrava
em extase total ). Outras vezes, quando se colocava assim, a orar, sentia-se
invadido pelo amor do Senhor, sentia-se inflamar. Era assim habitualmente unido
a Deus que algumas vezes parecia distraído, com os olhos fixos em outro ponto,
como se conversasse com alguém. Preferia rezar por seus filhos, mais do que
conversar com eles, se não houvesse necessidade. Certa vez havia revelado que
rezava mais pelos outros do que para si. Durante sua contínua oração, recebia o
dom das aparições celestiais, sobretudo depois da luta diária com o demônio. As
aparições mais freqüentes eram de Jesus, de Maria Santíssima, do anjo da
guarda.
A sua terna oração a Maria mereceria uma atenção especial, bem como toda a sua
devoção mariana. O rosário que chamava de sua arma, o absorvia todo de uma vez,
rezando de uma só vez, o rosário completo. Escreveu que recitava pelo menos
cinco rosários no dia, em termos de tempo, cinco horas diárias ou mais de rosário.
Mas ele rezava bem mais que isso; e é compreensível somente se levar em
consideração que o tempo para Padre Pio era diferente do nosso habitual, pois
dormia muito pouco e pela capacidade de fazer mais coisas ao mesmo tempo.
O Santo Padre Pio sofreu sensível e visivelmente, as dores da Paixão de Cristo;
sentia na sua alma, as dores de Maria, que justamente é considerada a grande
Mártir, a verdadeira Rainha do Martírio. “É de fato, um homem de oração”. “A
oração era o seu respiro, o seu oxigênio”, e vivia em união constante com Deus,
em qualquer coisa que fizesse; não somente em união de graça, mas de verdadeira
presença, de diálogo.
A necessidade da oração também lhe parecia sugerida pelo constante senso de
indignidade; sentia-se um grande pecador porque era justamente consciente de
sua fragilidade, comum a todos nós homens, nesta vida; porque sempre teve medo,
direi pavor, de cair em pecado, de ofender ao Senhor, de não ser digno do que
estava fazendo (ainda mais quando se colocava a celebrar a Santa Missa).
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